«E assim mataram o Instituto de Odivelas. Quiseram matar o Instituto de Odivelas. E mataram. Queriam "matar
o Colégio Militar", mas afinal só, e por enquanto, mataram o Instituto
de Odivelas.
A escola mais forte no que concerne aos resultados - ainda neste
momento continua nos lugares cimeiros das escolas públicas nos
rankings de 2014/2015. Depois de morta.
A escola que consideraram um alvo mais fácil a atingir porque do
"sexo mais fraco", frequentada por alunas que podiam usar saia e
desenvolver a sua identidade feminina, usufruir de um ensino de
excelência com rigor, qualidade e exigência.
A escola pública discriminada por ter diferenciação de género,
enquanto escolas privadas nas mesmas condições são financiadas
pelo Estado Português.
A escola mais atacada pelo poder central da coligação PSD/CDSPP,
não por preconceito mas por teimosia, eivada de ganância,
interesses, conivências...
A escola esquecida pelo atual Governo de Portugal do PS que, na
oposição tanto a defendeu, incluíndo o antigo fundador do PS e
antigo Presidente da República Dr. Mário Soares.
A "escola", vulgo edifício, mais desejada pelo poder municipal de
Odivelas, embora, paradoxalmente ou não, defendida pelo PS e
pelo PSD locais.
A escola de excelência e com 115 anos de existência que foi
abandonada pelo mais alto Representante da Nação, o Presidente
Professor Doutor Aníbal Cavaco Silva.
A escola que acolheu a aluna órfã e mãe do candidato à
Presidência da República Professor Doutor Marcelo Rebelo de
Sousa.
A escola que foi citada por todos os partidos políticos que gostam
de ser politicamente corretos e angariar votos em tempo útil, à boca
das urnas.
O Instituto de Odivelas foi extinto, encerrado e enterrado. Estes são
os verbos adequados. O resto são eufemismos.
A escola foi defendida por um conjunto de cidadãos de coluna
direita e de consciência digna que se dirigiram a todos os Órgãos
de Soberania e aos Órgãos de Comunicação Social porque acreditavam que a Democracia e a defesa dos Valores funcionavam
em Portugal.
A AOFA defendeu sempre o IO. Infelizmente, nem todos os Oficiais
o fizeram: em 1903 um Vosso camarada de armas referia. "O
Instituto é um estabelecimento de largo futuro e bem merece a
proteção de todos os militares e poderes públicos"
Resta, talvez, defender o Instituto de Odivelas junto de tribunais
internacionais, da UNESCO... por haver na Europa um atentado ao
património educativo e histórico de Portugal. Porque neste país
existem dois pesos e duas medidas para a Educação e para a
História.
"Desditosa" Pátria que tais filhos tem!»
(Autora identificada perante a AOFA, mas que prefere aqui o anonimato!)