No Porto, almoço nos almirantes, com o Alberto Caeiro e a Ofelinha. Olho e rememoro larguezas antigas...
Até que me poisa ao lado, nuns ramos de azinheira, aquela aparição. Transparente, luminosa, eslava. Aloirada, uns olhos negros de mar, o colo irresistível, a saia até aos pés... A prometer abismos escondidos, que são os mais fatais.
Protege-a um polifemo burocrata. Eu saio e vou à vida, e até deixo para trás a Ofélia e o Caeiro. É o que acontece a quem não tem mais palpável substância, palavras (ou parecidas!) que já ouvi ao Caeiro. Pela boca morre o peixe, pelas palavras soltas dela!