Hoje são ecos de ausências, rostos que viveram nelas. Ecos de mim, nostalgias...
Inteiros só os mundos dos poetas, dos guardadores de rebanhos, é Caeiro que o atesta. Não pensava nem sentia. Casas são casas, ruínas. E pedras são Natureza.
XXIV
O que nós vemos das coisas são as coisas.
Porque veríamos nós uma coisa se houvesse outra?
Porque é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver.
Saber ver sem estar a pensar.
Saber ver quando se vê.
E nem pensar quando se vê,
Nem ver quando se pensa. (...)
[Poemas de Alberto Caeiro, Ed. Ática, Lx]