terça-feira, 31 de outubro de 2017

Stalin manda

Clicar

E quem é que se admira?!

segunda-feira, 30 de outubro de 2017

O Leiria

A FAMÌLIA

"Vamos à pesca
disse o pai
para os três filhos
vamos à pesca do esturjão
nada melhor do que pescar
para conservar
a união familiar
a mãe deu-lhe razão
e preparou
sem mais detença
um bom farnel
sopa de couves com feijão
para ir também
à pesca do esturjão
e a mãe e o pai
e os três filhos
foram à pesca
do esturjão
todos atentos
satisfeitíssimos
que bom pescar
o esturjão!
que bom comer
o belo farnel
sopa de couves com feijão!
E foi então
que apanharam
um magnífico esturjão
que logo quiseram
ali fritar
mas enganaram-se na fritada
e zás fritaram o velho pai
apetitoso
muito melhor
mais saboroso
do que o esturjão

vamos pra casa
disse o esturjão!
[Mário-Henrique Leiria]

domingo, 29 de outubro de 2017

Gatos

Foi quando pude dormir no sótão duma casa de fidalgos, no centro de Viseu. Era a casa da Prebenda, e o simples nome diz tudo.
As magnólias e as camélias ramalhavam de noite. Eu a ouvi-las e a pensar nos doze gatos que dormiam em sofás, e comiam a pescada melhor que as criadas traziam do mercado.
Uma manhã, um dos filhos que tinha a minha idade perguntou-me qualquer coisa de aritmética. E ficou surpreendido por eu lhe ter adiantado a correcta resposta.
Eu deixei andar, esqueci o ramalhar nocturno das japoneiras e das magnólias, voltei a casa na camionete da carreira pela mão da minha mãe.
Mas isto era apenas o início da história. P'ra quê recordar o resto, doloroso e indigesto.

sábado, 28 de outubro de 2017

Ó marreco, olha o sonoro!

Era um tempo tão antigo que ainda havia dinossauros excelentíssimos. Nós éramos tão novatos que nem idade tínhamos para ir ao cinema. Por isso mostrávamos ao polícia as cédulas de amigos mais velhos, que atirávamos do segundo andar até entrarmos todos.
Subíamos para o segundo andar porque era mais barato. Por baixo havia o primeiro, o dos burgueses, e lá em baixo a plateia.
Os filmes eram projectados lá de cima, numas bobines enormes que faziam o que podiam. As fitas é que partiam muitas vezes, e a bobine lá ficava a rodar em seco, sem imagem nem som, enquanto o operador não dava conta.
Se ele tardava, ouvia-se uma voz: - Ó marreco, olha o sonoro!
A gargalhada era geral. Mas o cinema era assim, com actualidades do António Ferro lá pelo meio.

quinta-feira, 26 de outubro de 2017

A cinturinha de vespa e o B52

Aquele tempo era bem pior que o de hoje, que já de si mais parece um acto trágico. Lembro-me dele só para me compensar.
A pista era uma bisarma, no cimo do planalto. Cabia nela um B52. Justamente o capitão já nos deixara dito que, no ano que findara, toda a esquadra fizera uso das capacidades de um B52 e meio. A malta, que só usava umas passarolas ligeiras em pistas de terra do mato, e um Texan vindo da África do Sul que transportava um armamento ridículo, não chegou a comover-se, à excepção do próprio capitão, que esse vibrava em falsete.
Na base aérea havia um alferes de artilharia, nunca ficou explicado que fazia ele ali. Era melómano e culto e miliciano, e isso explicará tudo.
Um dia trouxe a notícia de que a Olga Prats e o Bruno Pizzamillo davam um recital no cineteatro de Carmona, a capital do Uíge. E eu concluí que o melhor meio de transporte, para os 50 Kms de distância, era o Auster. Muito melhor do que os Land Rover de volante à direita que os sul-africanos boers tinham oferecido à esquadra. O capitão acedeu. E lá fui eu, à espera do recital.
Como cheguei cedo, passei por casa da cinturinha de vespa, uma donzela chorosa que saíra das mãos dum alferes do arre-macho que acabara a comissão. A mãe dela não interferiu, apenas se manteve atenta. E quando eu me dei conta estava a chegar o crepúsculo. Naquelas terras, o crepúsculo é um intermezzo.
Saí para a rua, chamei um táxi e corri ao aeroporto. Entrei na passarola sem qualquer inspecção prévia. Alinhei na pista, descolei sobre a roda esquerda e comecei a subir na escuridão. A dada altura acendi um isqueiro para ver a pressão do óleo. E fui subindo até me parecer altura de nivelar.
Rumei a sul e fui andando, guiado apenas pelo cantar do motor. Depressa ouvi as chamadas da torre, que queria saber de mim. Tranquilizei o rapaz, dei-lhe um tempo estimado de chegada, até que vi ao longe uma pista balizada por candeeiros de petróleo.
A aterragem foi um sossego, parecia mesmo um B52. O mecânico arrumou-me na placa e eu dirigi-me ao comando da esquadra.
O capitão lá estava à minha espera atrás da secretária, e eu nunca me senti como o fiel fiador daquele rei que não pagou as onças de ouro ao papa.
O capitão cedeu à corda que eu trazia ao pescoço e mandou-me dormir. E foi assim que perdi o recital da Olga Prats por troca duma cinturinha de vespa. E na manhã seguinte foi o companheiro de barraca que me acordou.

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Violência doméstica

O troglodita dum juiz achou atenuantes para dois réus que violentaram em conjunto uma mulher porque era adúltera.
Este sacripanta vê-se que leu a santa bíblia. Mas esqueceu  o cristo que perdoou à Madalena. Tem o céu à espera, esse cabrão.
"Ela tinha oitenta e oito anos, ele era um pouco mais novo. E um dia rachou-a toda à bengalada, porque lhe deu pr'ali. Não havia adultério nenhum, nem sinais disso, apenas uma mania, uma doideira, uma cabeça de herege.
Ela passou um ano a recuperar, o corpo dos hematomas, um braço partido pelo rádio e pelo cúbito. Lá conseguiu, graças a outras mulheres.
Ela salvou-se, ele ficou a soletrar a bíblia."

terça-feira, 24 de outubro de 2017

Sobreviver

Parte delas morreram no fogo. Outra parte abortaram por stress. As restantes não têm que comer.
O dono já lhes comprou uma tonelada de maçãs, para as enganar. O resto é palha que vem de Espanha, e custa 45 euros o fardo.
A produção de leite reduziu-se a metade. E o queijo da serra não chega para as encomendas.
Nesta versão, as personagens são cabras. Podiam bem ser ovelhas.

segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Li


 
O melhor será dizer quis ler. Porque apenas consegui passar os olhos por esta bambochata. E o mais grave é que trouxe p'ra casa uma coisa em tempos já lida, porque hoje em dia nada há que valha a pena.
"Elias a caminho de casa é como o cavalo do almocreve: passo batido, paragens certas, meditabundo. Vai. Se desce a Avenida, direcção ao Rossio, pára nuns pontos, se vem pelo Intendente pára noutros, sempre os mesmos. Seja qual for o trajecto tem sítios. Depois é que reconhece se está para norte ou para sul. (...)
É então que vê passar as três jaulas rolantes vindas não se sabe donde. De longe. Certamente da autoestrada do Norte, avenida do aeroporto abaixo, atravessando a cidade. São três transportes de circo, gradeados mas sem feras, que avançam de madrugada. Dentro deles viajam os tratadores com um ar estúpido, ensonado. Desfilam pelas ruas desertas, sentados no chão, pernas para fora, caras entre grades.
Elias deixa de cantar. Durante o resto do caminho pensa nos tratadores enjaulados a atravessarem a noite sobre rodas: o que mais o impressiona é que pareciam vaguear sem destino."
 

domingo, 22 de outubro de 2017

O do chapéu grande

Já estava dito, redito e escrito: o infante D. Henrique foi o maior filho da puta que existiu na história de Portugal. Um paranóico inútil, sempre do lado da aristocracia e dos seus interesses, contra o povo burguês e as ideias de futuro.
Só ele chegou para destruir a ínclita geração: o rei D. Duarte, esse melancólico que nunca ultrapassou o remorso de ter deixado o irmão D. Fernando a morrer nas masmorras mouras de Fez, por exigência do mesmo paranóico; o regente D. Pedro, o príncipe das sete partidas, que viajou para a Europa ainda medieval e dela regressou renascentista; esse que acabou atraído pela fidalguia a Alfarrobeira, onde o liquidaram para se apoderarem do poder e das suas benesses.
Nada disto é afirmado nos manuais dos escribas de serviço. Nem é preciso, porque tudo está no mito. E os portugueses não lêem, entretidos que estão em ir a pé a Fátima, à espera do futuro.

sábado, 21 de outubro de 2017

Olarila!

O pivot que pisca o olho é também o escritor que mais publica, e mais leitores tem nas estatísticas. É ele a mais cabal demonstração de que os milagres existem. Até o milagre de a literatura ser um logradouro onde tudo cabe.
Por exemplo: "achei que havia um mistério muito interessante relacionado com a vida: como é que a matéria inerte se torna matéria viva, com consciência, depois volta a ser matéria inerte, depois de novo matéria viva". "Uma partícula, o bosão de Higgs, que cria a matéria. Pensei que era um bom tema para um livro. Nessa altura já tinha feito a minha tese de doutoramento, para a qual tive que estudar física quântica, por causa da questão da verdade". "A espécie humana vai desaparecer. Vamos extinguir-nos lentamente. Por opção. Por preguiça". Olarila!
"Há boatos de que não sou eu que escrevo o livro, que tenho um escritor-fantasma, que recorro a uma equipa. Criou-se uma certa mitologia. Acaba por ser engraçado e até lisonjeiro".

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

Freeport

Este nome ainda te diz alguma coisa? Foi  a primeira caravela em que pretenderam naufragar o Sócrates no mar da Palha.
Era ele ministro do ambiente dum governo qualquer, e tinha recebido não sei quê, de não sei quem, para licenciar o Freeport em Alcochete. Por causa do ambiente, das salinas, e coisa e tal.
Já havia envelopes cheios de massa, passados por baixo da mesa, e um cabrão de Setúbal viu isso muito bem.
Foi depois disso que veio a grande artilharia, e super-juízes, e magistrados canalhas, e condenações na praça pública...
Talvez se fodam, se chegarmos lá!

quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Sem-sura

No tempo em que os animais falavam, dona Cristas tinha sobre a agricultura e as florestas um supino saber.
Tanto assim que, durante uns anos, quem quisesse uma plantação de eucaliptos à porta era só pedir por boca.
A verdade verdadinha é que ela falava da matéria com um floreado sotaque de tia. Mas enfim...
Agora quem a ouvir é para anunciar moções de censura ao governo do Costa. Ou será sem-sura?

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

O ventríloquo

O Coelho, esse fantasma ventríloquo ( p'ra não dizer esse facínora), diz que o governo do Costa não tem mais oportunidades.
De que coisa é que esse filho da puta estará a falar?
Na barafunda da tragédia em que Portugal se encontra, o Costa manda-os foder e tem razão.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Ecrãs


Na época da grande depressão americana do século passado, em que os camponeses, brancos ou negros, eram espoliados pela escumalha dos bancos, Bonnie e Clyde lançaram mão dos grandes argumentos: as armas. Duvido de que fossem criminosos.
Arthur Penn deixou-nos este filme surpreendente, dum tempo em que se fazia cinema. Hoje já não. Hoje há zombies, e alliens, que só têm dois dedos. P´ra picar em ecrãs.

segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Romízio

Durante a guerra civil espanhola as galinhas eram um excelente pitéu para anarquistas, comunistas e franquistas, que as passavam ao estreito, enquanto defendiam as portagens das muitas guadarramas. E foi assim que, no fim da guerra, não havia ovos em Castela.
Então vinham arreeiros, de aldeia em aldeia, comprá-los a Portugal até fazerem carga.
Um dia chegaram às Moreirinhas, ao cair da tarde, e entraram na taberna para matar a galga. A taberneira serviu-lhes um guisado de coelho. Mas a eles parecia-lhes gato, ou romízio, como diziam.
A cozinheira jurou, sem os ter convencido. E eles pouco se importaram. Mataram a galga e foram à vidinha.

domingo, 15 de outubro de 2017

O pior

Foi neste aviãozinho primitivo que voei sozinho pela primeira vez, em 1964. A euforia que senti sobre a ria de Aveiro não se descreve.
O pior é o que veio a seguir.

sábado, 14 de outubro de 2017

O violinista

Se Portugal não fosse para cá dos Pirinéus, cantaria outro galo. Assim, faz-se o que se pode. E eu, que nunca fui mais do que um tocador de rabecão, lembro-me do violinista.
Um dia os americanos, de olhos postos nos negócios da Nato, construíram um novo modelo de avião de caça e intersecção, que não passou dos ensaios.
Chamaram ao Texas pilotos de todos os países interessados nos negócios da Nato, e puseram-nos a experimentar o protótipo do F20. Acima de 4 g's o animal entrava em vibração e desenhava no céu um immelmann gracioso. Por sua alta recreação. Os indígenas clientes da Nato calaram-se, respeitosos.
O violinista fez um relatório em que apontava a limitação, disse o que tinha a dizer. E os americanos, com o trabalhinho feito, quiseram dar-lhe um coche de presente. Ele mandou-os foder, apanhou um avião e regressou a Lisboa. Acabou preterido nas promoções.

sexta-feira, 13 de outubro de 2017

Sócrates?

Quando se junta uma poderosa corporação de magistrados e uma elite de políticos corruptos, vai tudo pró caralho.
O ariano Temer e uns juízes amestrados fazem o resto, lá como cá. A Dilma Roussef e o Lula presidente que o digam.

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Urso amestrado

Curiosos são os jovens escreventes indígenas. Incapazes de ver a realidade nacional, despicienda para eles, voam para o estrangeiro em busca de inspiração.
O Peixoto anda pela Tailândia, o Hugo-Mãe pela Islândia, o Tavares pela Índia, se não for por onde calha. Mas esse já tem o Nobel garantido, de formas que outro galo canta.
Certas criativas mais incipientes inspiram-se em ladrões, em detectives, em cenas de tribunais. E juram que hão-de inventar o cânone do policial portuga. 
O leitor desprevenido é o urso amestrado de serviço.

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Kusturica

O filme é o Gato Branco - Gato Preto.
Entre mil e uma preciosidades, a cena dum porco a comer a chapa de contraplacado dum Trabant com motorzinho a dois tempos, é inesquecível. Só quem os não conheceu.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Fogo!

Nunca acreditei que a onda abrasadora dos incêndios tivesse mão política. Mas, ao que se vê, dificilmente pode ser outra coisa, já que outra alternativa lhes não resta.
Só nos resta começar a disparar contra parasitas, inúteis e videirinhos. A ver se ganhamos alguma normalidade.

domingo, 8 de outubro de 2017

Cavacada


O DN trouxe há tempos notícias da participação deste filho de Boliqueime na universidade de Verão do PPD. E desvendava o topete desta múmia, que devia ter passado a vida a medir litros de gasóleo numas bombas.
Mas os portugueses acharam por bem fazer dele o mais durável político que por aí andou: vinte anos como primeiro-ministro e dez como presidente. Eles lá sabem.
Um certo dia a VISÃO desfraldou a bronca: o PPD sempre foi uma súcia de vigaristas profissionais, empenhadíssimos em governar a vida mais do que em servir o país. Veja-se do Dias Loureiro, o Relvas, o vigarista da Tecnoforma, o Durão Barroso e mais compinchas.
O labrego de Boliqueime fez o seu papel, certos magistrados encarregaram-se de engaiolar o Sócrates, e por trancos e barrancos chegámos aqui.
Mas o grande baile tiveram-no há dias, um dia tinha que ser.

sábado, 7 de outubro de 2017

Em pratos limpos

O Seguro de má memória e o Coelho de memória péssima, juntaram-se em tempos à esquina para acabar com o Serviço Militar Obrigatório.
No fundo, o que ambos queriam era evitar mostrar o cu ao sargento da junta médica. E foi assim que tramaram a vida à tropa e à pátria.
Isto numa altura em que os países ilustrados da Europa, abandonado o modelo da triste América do Vietname, pensam seriamente em pôr a coisa em pratos limpos.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

Ó Jirómino! Já era tempo de abandonares a tecla da vitimização!

 

"(...) Não se pode omitir o quadro de hostilização que acompanhou a intervenção do PCP e da CDU ao longo dos últimos meses e da sua negativa influência na afirmação do nosso trabalho, da nossa obra (...).
Falou ainda duma "campanha sistemática de ataque anticomunista que, com pretextos diversos, procurou avivar preconceitos, atribuir ao PCP posicionamentos e valores que não são seus, e de uma acção persistente de desvalorização do papel do PCP na vida política nacional, silenciando as suas actividades e iniciativas (...)
" Vimos uma intervenção do PS a desenvolver uma acção a partir dos seus candidatos e alguns dirigentes partidários, particularmente concentrada em municípios de maioria CDU, de ataque à gestão da CDU baseada em argumentos falsos e muitas vezes ofensivos (...).
Não há, na Europa ocidental, um partido comunista que mantenha a natureza do PCP. Como se Portugal fosse uma aldeia de gauleses. Mas não é. E os heróis das lutas de há meio século fazem parte da história mas já cá não estão.

Jorge Listopad

Listopad não tinha o estatuto de catedrático. Era um homem que vinha das artes e do teatro, e dava-nos lições acessórias sempre pertinentes.
Para ele, fosse drama ou tragédia, o Frei Luís de Sousa era uma peça mais que perfeita. E podia facilmente ser observada a partir da perspectiva de qualquer personagem: o velho Telmo, Manuel de Sousa Coutinho, Madalena, a atormentada Maria, o romeiro da sala dos retratos... e até o discreto aio Miranda. Andava por ali, mirava a intriga, silenciava. E ajudava a entender.

quinta-feira, 5 de outubro de 2017

Refrescamento

Era o tempo em que o Ângelo Correia trazia no bolso a novidade do Passos Coelho e da Tecnoforma, a quem o Relvas garantia encomendas e serviços. O país inteiro formou-se em aeromodelismo.
O próprio Relvas licenciou-se em equivalências, com a especialidade de facilitador, que trouxe dum sertão.
A Maria Luís Albuquerque largamente explanou o que é a estupidez e a incompetência. E acabou a passar a agenda de contactos de ministra a uma fauna de ingleses manhosos, que faziam fortuna a especular com dívidas públicas.
Eu sei que já não te lembras. Mas foi assim, mais ou menos.

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

Árvores e bichos

O Francisco José Viegas (que um dia meteu o pé na poça para ser um transitório secretário de estado) é o encenador das aventuras do inspector Jaime Ramos, que me não entusiasmam.
Recentemente ouvi-o dizer que, muito perto do seu Pocinho natal, tem um refúgio campestre só para usufruir das árvores.
Se acrescentar uns bichos, muito me comove.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Olha só!

 

O ar do bicho é mesmo de galaroz sem crista. Tudo aparências.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Naufrágio

O Álvaro Amaro é fruto dum PPD inverniço. E veio de Gouveia para fazer o enterro da Guarda, antes de partir à conquista de Coimbra.
Mas em Coimbra houve baile. E foi assim que o Amaro ganhou num tabuleiro e perdeu noutro. É o que sucede aos fracos amadores de simultâneas.
O distrito naufragou definitivamente, perante a concorrência.