segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Day after 4

A vitória autárquica do PC (estrondosa, indiscutível, feita à custa do PS), torna claras duas coisas.
1 - O Seguro é um boneco com pés de barro, que não serve o PS nem o país. Serve a escória aparelhista do partido que o elegeu.
2 - O tacticismo do comité central (que em tempos chumbou ignominiosamente o PEC IV e estendeu a passadeira ao Relvas) produziu o esperado resultado. O partido recuperou quota de mercado, à custa do desespero do povo e da desgraça do país. O júbilo e o champanhe ficaram para a oligarquia.
[2009 - 2011 - 2013]

Day after 3

A síntese mais exacta, e mais sintética, do que ontem teve lugar, é do Barroco Esperança:
«Seguro ganhou em Gaia*; Costa ganhou no país.»

* Nem esse pouco merecia, o inútil pavãozito!

Leitura lúcida

Como é habitual.

Day after 2

Sabe-se, porque se vê à vista desarmada, que o actual SG do PS não constitui alternativa a nada, nem esperança de coisíssima nenhuma. É o fruto espúrio duma escolha feita há anos pela escória aparelhista que não falta no PS. Trocam favores uns aos outros, como bons capangas, em prejuízo geral.
Em 2011 foi o único deputado do PS que se levantou para aplaudir a intervenção miserável de Cavaco reeleito, na Assembleia da República.
Durante um ano fechou-se no silêncio da cumplicidade com os traidores do governo, e permitiu, sem réplica, que a direita triunfante do Relvas emporcalhasse as heranças melhores dos governos de Sócrates, frito em lume brando pelas oligarquias, durante seis anos.
É um irmão melício do Coelho, na ignorância, na falta de carisma, na vaidade, na inutilidade. Por isso o PS não descola do PPD, na contagem dos votos.
Mesmo nas eleições de ontem, um naufrágio para o PPD, há dois exemplos flagrantes: Matosinhos e a Guarda.
Em Matosinhos, Guilherme Pinto seria o candidato natural do PS. Mas o aparelho do partido preferiu-lhe um tal Parada. Pinto desvincula-se, concorre como independente, e dá a Seguro uma banhada perfeita.
Na Guarda, o aparelho de Seguro escolheu um candidato à sua imagem, preterindo o candidato natural, Virgílio Bento. Este desvincula-se do partido e decide apresentar-se numa lista independente. Um tribunal qualquer recusou a iniciativa, por razões que são lá dele, e a lista de Bento acabou fora da liça. Mas o Seguro levou outra banhada, e a câmara foi parar às mãos de Álvaro Amaro, um paraquedista do PPD que veio de longe.
Com excepção do comité central (isso é uma outra questão), toda a gente sabe em Portugal que nada pode ser feito contra as elites da oligarquia revanchista, velha e nova, sem o concurso do Partido Socialista. Não do presente, o da escória aparelhista e cúmplice do Seguro, de quem nada há a esperar. Há-de ser doutro. E é perverso que o Seguro, no rescaldo do dia de ontem, apareça de sorriso mais enfatuado e convencido que nunca, a reclamar a vitória. Que foi nossa, notável e colectiva! Tudo aqui, em números.

Day after 1

"...Os caloiros são obrigados a comprar leite, farinha, ketchup, maionese, ovos, etc. Levam com papas k contêm urina, fezes, vomitado e por aí adiante... É mt mt mt vergonhoso! A maioria das vezes praxam os caloiros no chafariz da Dorna por ser um sitio escondido..."

Nos últimos tempos a decadência da cidade da Guarda tem-se tornado um facto irrecusável. Perdeu o ensino universitário a sério para Viseu, e para a Covilhã (UBI). Perdeu a Delphi e milhares de postos de trabalho. O novo hospital e os serviços de saúde são questões que se arrastam, em modo de telenovela manhosa. Se a tradição de poder autárquico socialista não é uma coisa famosa, não se esqueceram ainda as intervenções de velhas figuras do PPD na vida da cidade, mormente no IPG. 
A última novidade é a perda da câmara para uma figura alienígena do PPD, numas eleições de justa débacle deste partido, em resultado de escolhas duvidosas da direcção de Seguro no PS.
Vem isto a propósito da imagem que em cima se mostra. O IPG fornece à escassa procura um menu de cursos desinteressante, para não dizer irrelevante e desqualificado. É neste contexto que a imagem fala por si, numa orgia de insânia juvenil que ultrapassa as congéneres.

domingo, 29 de setembro de 2013

Com vénia

A uns defuntos que eu cá sei! E eles também!

Ilhéus

Sem que eu entenda porquê, nutro pelos ilhéus um particular afecto. E tanto aprecio Carlos César, como dirigente dos Açores - em quem vejo uma reserva do PS e desta outoniça república -  como desprezo o Alberto João, essa máscara teatral desta miséria trágica.
Filhos da fome, ainda mais que todos nós, os dos Açores levaram Portugal para o Massachussets, na costa leste dos Estados Unidos, no século XIX. Os madeirenses fizeram a mesma coisa para o Illinois. É de perguntar porquê estas diferenças.
O assunto anda por certo tratado com rigor pelos académicos. Mas eu prefiro as versões populares, que me poupam muito tempo, e paciência, e os delicados olhos.
Os baleeiros da costa leste da América, que fainavam o cachalote e a baleia no Atlântico, aportavam a algumas ilhas dos Açores. A dada altura começaram a embarcar ilhéus, como membros das equipagens. As elites nacionais, que sempre se alimentaram de sangue de escravos, combatiam esse tráfego. E havia mesmo uma ilha, e um local, onde os ilhéus saltavam duns rochedos, directamente para o convés americano. Nasceu aí a emigração a salto. Uns atraíram os outros, e é esta a origem da fixação açoreana na região de Newark.
Já na Madeira a situação é outra, embora a miséria fosse igual. Em meados do séc. XIX, um presbítero escocês, Robert Kalley, formou a primeira comunidade protestante na Madeira. E o tratamento papista não se fez esperar. O presbítero fugiu num barco inglês para salvar a pele, e a própria comunidade teve que fazer o mesmo. Na América viveu da caridade pública, até se fixar em Jacksonville, no Illinois, por razões aqui não destrinçáveis. 
A estes, outros vieram juntar-se, que as razões de emigração nunca faltaram. Para o Illinois, que já tinha rota aberta.  

As asas dos aviões

Nesse tempo havia muitas figueiras e uma vinha na encosta, que o Albertino e o Zé Sério e o homem da Ricardina estavam vivos, e podavam, descavavam, enxertavam... Não havia ali nada para guardar, mesmo se as uvas pintavam. Mas nós íamos guardar a vinha quando o Verão chegava, por troca dum banho lustral de liberdade. Agora já nada existe, e a cumeeira da corte há muito que desabou.
No riacho corria um fio de água que atraía os laparotos, e era o cachorro que nos ajudava a tirá-los pelas orelhas, das luras nas paredes, quando dormiam a sesta. 
Ao longe, num lameiro à raiz duns fraguedos, aflorava um veio de quartzites que rebrilhavam ao sol. E lá no meio apareciam cristais esverdeados, às vezes eram azuis, um minério a que alguém chamava brilo.
Nós guardávamos no bolso tão rara maravilha. Servia para fazer as asas dos aviões.

sábado, 28 de setembro de 2013

Razão

Se alguma vez pensaste que a luta pela Razão teve um começo e tem fim, equivocaste-te. A luta pela Razão é um processo constante. Quando se desiste dele como trabalho já feito, já se mergulhou outra vez na escuridão.

Oh lá lááá!

[R. Doisneau]

Do mal... sempre o menor!

Se não escolhes em quem votar a favor... escolhe em quem votar contra. Se não fizeres esse pouco, outros escolhem por ti.

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O PPD

No seu brilho mais natural e mais explendoroso. Mas há mais.

A boca e a botija

[R. Doisneau]

Chuva

Voltou a chuva, ao mesmo tempo incómoda e benigna. A cidade amanheceu melancólica, com transeuntes mais expostos, mais precários.
As varetas do guarda-chuva enferrujaram, a cobertura está a pontos de romper. Hão-de ser restos do aço do Grande Salto em Frente, há muitos anos, quando o grande timoneiro transformou os quintais em altos fornos.
Tenho que comprar um guarda-chuva novo, que um escravo distante fabricou em Sichuan.   

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Dor de dentes?

É o que isto provoca a muito canalha! Porém, o que dói, cura. Assim diz a maralha.

"A flor de Abril"

Nem mais. Mesmo pregando a alimárias.

domingo, 22 de setembro de 2013

Mas também!

Quem garantiu, e elegeu, os coveiros do país, para que precisa dum coveiro paranóico numa aldeia?!

As funções do coveiro

O poder municipal, capitaneado pelos caciques do PPD e seguido de perto pelo PS, é há muito tempo, com poucas excepções, uma incubadora de venalidades e corrupções avulsas, de arranjismos, compadrios, clientelas, malfeitorias e dívidas. O país está cheio de PPP's tão ruinosas como inúteis, as quais geraram lucros repartidos e foram celebradas em surdina com os agentes do betão. Para a posteridade ficaram as obras e as custas. Se é que alguma vez reparou nelas, a opinião pública já as esqueceu. Sobretudo desde que as elites encontraram há anos um bode expiatório, o cabrãozito do Sócrates, responsável por todos os desmandos e desgraças nacionais.
Por outro lado, a divisão administrativa actual é tão velha como os tempos do Mouzinho da Silveira, vai em dois séculos não tarda. Uma esmagadora maioria de concelhos, sobretudo no interior, tem por junto números de habitantes ridiculamente mesquinhos, (quatro, cinco, seis, sete ou oito mil), a população de qualquer freguesia urbana de pequena dimensão. E todos eles têm há décadas a máquina montada: presidências, vereações, assembleias, assessorias, adjuntos, conselheiros, frotas de viaturas e motoristas, empresas municipais, clientelas presas à trela, interesses locais, negociatas, um regabofe.
A realidade do território é hoje muito diferente do que era há dois séculos. Há um mundo de diferenças, felizmente, entre as facilidades de comunicação e de transporte de ontem e de hoje. Algum senso administrativo imporia uma nova divisão de municípios, por um lado lógica, por outro urgente, e mais ainda inadiável. Sobretudo como forma de racionalizar custos e benefícios da administração.
Quando a troika chegou a Portugal pela primeira vez sabia muito bem o que iria encontrar. Sabia muito bem que uma boa fatia dos gastos escandalosos duma administração desajustada estava concentrada no poder local. Por isso entregou ao Relvas a tarefa de eliminar municípios, reorganizá-los e proceder à reforma.
Imaginava-se, porém, que meter a mão em tal assunto seria amotinar um formigueiro. E quando o Relvas pôs a boca no trombone pela reforma administrativa e a redução dos municípios, caiu logo o Carmo e a Trindade. O presidente da ANMP, um troglodita que também dotou Viseu dum funicular inútil e insustentável, mostrou-lhe os caninos e mandou-o calar. E como o poder autárquico e os seus dinossauros são o principal sustentáculo do poder eleitoral do PPD (o qual se alimenta desde há quarenta anos de atavismos, de subserviências e negrumes), nunca mais ninguém falou da reforma dos municípios. O governo decretou a extinção ad-hoc de mil e tal freguesias, num processo atabalhoado e criminoso. E tudo se calou, à boa moda portuguesa.
Sucede que as freguesias, não constituindo fonte significativa de arranjismos caciqueiros e venalidades (até pela minúscula dimensão), são por outro lado o único apoio próximo que restava às diminutas populações envelhecidas de metade do país. Já não há professor nem escola, não há padre, não há finanças, não há tribunal, não há presença estatal de nenhuma espécie. Este governo miserável elimina exactamente o único vínculo que não devia eliminar, sem reduzir custos significativos, dando o último passo no abandono. Quem é que vai garantir ao menos as funções do coveiro?!

sábado, 21 de setembro de 2013

R. Doisneau

Tá bem, abelhinha!

Ainda os SWAPS

Com uma pitadinha de sal. 

Erro

Não sendo seu exclusivo, esta barragem do Tua é um erro crasso do cabrão do Sócrates.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Quando a raposa vive dentro do galinheiro

Há um gesto que se impõe.

Vae victis!

Talvez!

Estes cachorros castrados

Quando ladram ninguém os leva a sério.

País servil

Pela mão de falsas elites, de visionários, energúmenos ou traidores, o povo dos portugueses nunca pôde construir uma realidade colectiva - cultural, económica, social - onde pudesse viver inteiro em harmonia. Submetido às tranquibérnias duma história desgraçada, acabou por encaixar-se em circunstâncias de acaso, e adaptou-se a elas a poder de expedientes e renúncias.
Hoje sobrevive nelas, sem uma espinha colectiva. E não merece o respeito geral, por mais que pinte cenários de epopeias de papel. 

O almoço europeu

Chego a casa, ligo as notícias, oiço a Merkel. Fala da Grécia, fala de Portugal e eu sinto nojo. Há muito mais dignidade num bando de mabecos do sertão.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Ai dos simplórios!

1 - São todos retornados, ou parentes. Um dia chegaram de algum sertão e a pátria aconchegou-os como pôde. São técnicos de apoio da Sonora.
Aqui há uns anos, lembro-me como se fosse hoje, perguntaram-me em quem iria votar. No único voto possível, que era o Sócrates!
Não chegou a haver motim, mas houve enorme alvoroço. Como era possível votar num mentiroso, num aldrabão compulsivo, num corrupto do Freeport, um megalómano doente, um ditador intratável, um vigarista que jogava à vermelhinha e nos punha a pão e água...
Hoje vivem todos pendurados na produtividade dos leitores voluntários da Sonora. Às vezes reúnem-se e conversam. A ver se ela os pode ressalvar da requalificação, uma espada que lhes anda em cima da cabeça. 
2 - Por essa altura as tropas do Nogueira exigiam a cabeça da ministra, por causa duma avaliação que era nefanda.
Hoje acampam nos centros de emprego às dezenas de milhar. No entretanto jogam às pedrinhas com os cacos da pátria, com os cacos da escola, com os cacos da alma aflita.

domingo, 15 de setembro de 2013

Soma e segue

A série vai na Síria, e vem de longe.

Diverte-te

Aqui.

sábado, 14 de setembro de 2013

"Como se lida com pulhas"

É assim.

Os educadores

Lembro-me deles, há quarenta anos. De todos. Educavam a classe operária com murais pintados de amarelo, agitavam livrinhos vermelhos, e construíam meticulosas teias de anarquia onde podiam. Isto num tempo de convulsão e brasa, quando organizar a vida nova era vital.
Hoje foram todos reciclados, como acontece ao lixo dos monturos. Só o livro é que é o mesmo, e os patrões.

Esopo (rev.)

O mais certo é ter-lhe tomado medo. Mas fosse ele por ter chegado a velho, ou porque se cansou dos ruídos do mundo, o homem deitou-lhe as rédeas por cima e afastou-se. Comprou uma horta distante e fez nela uma mansarda debaixo do carvalho. Depois levantou a cerca à sombra da latada e soltou nela as galinhas. E assim viveram um tempo. O homem comia os ovos, e as galinhas catavam as minhocas e o milho que a horta dava.
A certa altura a raposa saltou a vedação. Avançou pelo terreiro, espaventou as galinhas, esganou logo a mais gorda e comeu-a. O homem assistiu àquilo tudo sentado no alpendre e não mexeu uma palha. As galinhas amontoaram-se ao canto, paradas pelo terror. E a raposa, aprisionada na cerca, ficou a fazer a digestão. Quando a fome lhe voltava, esgorjava outra galinha. E o homem assistia àquilo tudo sentado no alpendre.
Depois chegou a cegonha, deu duas voltas no ar e fez ninho na copa do carvalho. E em breve engordava os filhos com os sapos-conchos que havia nas redondezas, e eram muitos. Engordavam os filhos da cegonha, benza-os Deus, mas a barriga da raposa dava horas. Um dia começaram a pintar as uvas da parreira. Mas quanto mais ela pulava, a abocanhá-las, mais a barriga minguava.
Certa tarde passou lá por cima um corvo, trazia um queijo no bico, roubado à janela duma velha que o tinha a secar ao sol. Viu a raposa magrita, deu-lhe duas de conversa e foi-se embora. A raposa desfez-se ali em lamentos, mas o homem assistiu àquilo tudo sentado no alpendre e não mexeu uma palha.
Quando os filhos levantaram voo, foi a cegonha que ouviu os lamentos dela e deixou-se condoer. Fez umas papas do milho que a horta dava, meteu-as numa cabaça e baixou a partilhá-lhas com a raposa.  Logo ela as estendeu numa laja que ali estava, onde em tempos as galinhas debicavam o milho. E foi assim que a raposa se desforrou de misérias e a cegonha ficou a ver navios.
Então o homem levantou-se do alpendre e veio abrir a porta do cerrado. Fatigara-se do mundo, quisera afastar-se dele, mas encontrara-o em casa. E deste modo se pôs a relatar as muitas fábulas que há nele.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

F.Händel

Sarabande.http://www.youtube.com/watch?v=FzRoqymkeGc

F. Schubert

Opus 100.

A propósito da homilia dum sacrista

Que nos vai fodendo de mãos postas.

Um cafre

Do sertão do Andulo.

Swaps, um ver-se-te-avias!

Afinal esta gajada baixou as calcinhas, e deu uma geral aos chacais da finança!

Ó cabrão!

Se não era isto que tu querias, por que razões lhe abriste a porta quando podias mantê-la fechada?! 

Efemérides da América


Como foi possível?!


Perguntarás ainda hoje. E perguntas bem! Mas passará muito tempo até que to contem.

Não é possível descrever

O regabofe de interesses em que esta escumalha chafurda, à custa do bem público.

Para quê estar a inventar palavras

Se está tudo dito aqui?

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Quem é que disse

Que o descaramento e a falta de vergonha desta canalha têm limites?!

Fadário

Atraído ao engano por uma Europa de nacionalismos cegos, que se nutrem dos mais fracos; dizimado por uma oligarquia indígena, impudente e sem freio, ressabiada dos últimos 40 anos; traído por um poder de títeres corrompidosiletrados, ou fanáticos; mal servido por uma oposição de cúmplices, quando não de oportunistas parasitas; desarmado pela própria ignorância e menoridade cultural, resta ao velho Portugal voltar às antigas artes da sobrevivência. Forçaram-no a aprendê-las durante séculos, convém que as ponha a render. 

J.S.Bach

Damien Guillon.

Um pouco mais de azul

E chegamos lá outra vez, carago!

domingo, 8 de setembro de 2013

Quando às vezes ponho diante dos olhos

Porque há mais verdade histórica nesta criação genial de há trinta anos, do que em dúzias de tratados de académicos de serviço. Isto a propósito da pátria, claro!

sábado, 7 de setembro de 2013

Vitaminas

As laranjitas da Gorda chegaram aos dois euros. Ou ponho a horta a produzir depressa seguindo os nobres exemplos da história (esses símbolos épicos do malogro como o Sá de Miranda o Herculano o Passos Manuel o Mouzinho da Silveira o meu vizinho de baixo!), ou não sei o que fazer às vitaminas de Inverno.

Veja-se

E pasme-se. Mais que tudo porque só por lapso não estará hoje presente na festa do Seixal uma delegação deste partido irmão.

Ó Zé!

Deixa-te ir neste paleio de cona... e depois diz que te fodeste!

A desforra

Dois cretinos torraram o Caramulo e fritaram nele quatro bombeiros, porque um polícia lhes aplicou uma multa.
São ilustres exemplares destes eleitores indígenas, há dois anos, que também foram às urnas para tirarem a desforra duns governos do Sócrates. Os professores que contem o resto!

Queres saber por onde tem andado a nossa vida, por causa do cabrão do Sócrates?

Vai ver aqui, é um bom exemplo.

Equinócio

Há um sobressalto na paisagem.
Do céu fugiu a cor. A brisa bate à porta.
Vem entrando Saturno, o melancólico.

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Rating

Há duas ou três semanas, um jornal deixou cair a notícia de que a agência Moody's ameaçava baixar o rating da PT. Eu, que de agências dessas apenas sei o nojo que me causam, pus-me a pensar que a PT andaria em crise, que era mal administrada, que caíra na bolsa, que se afundara em dívidas, que perdia valor, que não era competitiva...
Mas no final a notícia garantia que não se tratava disso. As motivações da Moody's resumiam-se ao facto de que a PT tencionava distribuir aos accionistas apenas um terço do bolo dos dividendos que o sistema reclamava.
Não sei como acabou a tranquibérnia, nunca mais ouvi falar do assunto. Mas fiquei a conhecer melhor o lodo em que chafurda esta escumalha.

Pedra a pedra

Pela mão deste governo de marginais a soldo, as velhas oligarquias parasitas destroem-nos a mansarda e, com falinhas mansas, empurram-nos de novo para a cubata.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Dar os nomes aos bois é um sinal de saúde

Porque o primarismo mental não explica isto.

Agora esta!

Mas que chatice, estes metediços!

Assim como este foi

A seu modo, em seu momento.

Desarrincanço

Oportuno.http://www.youtube.com/watch?v=rj3-nPnqAnc&feature=em-share_video_user

Da capo

J.S.Bach.http://www.youtube.com/watch?v=hV-FNMROl3A

Há mais estrebarias por aí

Onde se prova que nem todos os mentecaptos se limitam à sintaxe dum sertão. E que nem todas as cavalgaduras mascam os fenos da estrebaria do Passos.

Comédias

A Gaiola Dourada tem surpreendentes ironias, que são sempre benfazejas. Porém é, conforme o título aponta, um equívoco ingénuo e bem pintado.
Os portugueses acorrem a vê-lo. Uns lacrimejam de orgulho patriótico, porque afinal nós até somos bons. E outros rejubilam, por motivo maior. Não veio afinal a troika resgatar-lhes as elites de séculos, do crime da miséria a que sempre os condenaram, a lembrar-lhes que a fome é salvadora e está de volta?
O bonzinho do Salazar tinha razão! O resto já passou e é quanto basta!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

J.S.Bach

Aria.http://www.youtube.com/watch?v=nLeQuvhLczU

Toma lá

Mais esta!

Devagar devagar

Se há-de ir ao longe!

Leituras

Úteis.

Pera aí!

Será verdade o que passa numa televisão?! Que o PCP acolheu a edição dum trabalho de natureza biográfica sobre um Álvaro Cunhal particularmente privado, feito por Judite de Sousa?! Que as fotos dele foram expurgadas das figuras de Mário Soares e de Carlos Brito?! E que, ao lado dum sorridente secretário-geral, os grandes figurões que abrilhantaram o acto de apresentação foram nem mais nem menos que o Relvas, o professor Marcelo, o meia-leca Mendes e o adamastor Carreira?! Terei visto, lá no meio, a lingrinhas da Belém Roseira, que representaria o PS?! 
A ser tudo verdade, a minha alma fica parva. Embora mais elucidada sobre certos factos da história, a passada e a presente, e sobre a verdadeira natureza e papel do partido na nossa vida. 
Nem quero acreditar, prefiro ser ingénuo. Mas parece-me ignomínia, forçarem os últimos despojos do velho a frequentar assim esta casa de putas.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Muito pela rama, só para não esquecer

A catástrofe que assola os povos da Europa, particularmente os do Sul, é o resultado dum processo iniciado há muito, desde os tempos do Reagan e da Thatcher, levado a cabo pelas matilhas de criminosos da finança, que se acoitam em Wall-Street e na City.
Em 1989 o comunismo de Moscovo implodiu e as matilhas que se alimentam do sangue dos povos ficaram em roda livre. A produção industrial já não gerava os dividendos desejados. Por isso desindustrializaram, deslocalizaram em busca de trabalho escravo, desregularam a actividade bancária, entregaram-se furiosamente à especulação financeira, intoxicaram e financeirizaram toda a economia, num percurso em que a destruição das Torres Gémeas, executada pela prata da casa, não teve um papel menor.
Em 2007 o Lehman Brothers faliu, vitimado pelo subprime, e todos os castelos da finança estremeceram. A América enterrou milhões de milhares de milhões no sistema bancário, para evitar a derrocada em cascata. Inventou a falácia de que os povos viviam acima das suas possibilidades, e tratou de empurrar a bola de neve para a Europa, satisfazendo um desejo que já era velho e aproveitando as fragilidades do projecto europeu.
Em 2007, com o primeiro governo de Sócrates, pós-Barroso e pós-Santana, o défice português foi de 2,9%. Em 2008/9, as instruções da Europa para enfrentar a crise aconselhavam políticas contra-cíclicas, aumentando o investimento público. Sócrates seguiu por essa via e a dívida disparou. A Grécia, que entrara no Euro aldrabando as contas com a ajuda das hienas do Goldman Sachs, foi a primeira a cair. Seguiu-se a Irlanda, cujo sistema bancário desabou, intoxicado pelo lixo da América.
As agências de rating americanas entraram em acção, mais pareciam centrais de compostagem a produzir lixo, e só pararam quando levaram Portugal ao tapete. Era indispensável que o fizessem, os juros da dívida eram uma boa arma. Em 2009/10 Sócrates quis inverter a trajectória. Mas não vieram da Europa as respostas necessárias e esperadas, e Portugal não dispunha de instrumentos próprios, mormente os monetários, para gerir a dívida. 
Começou a desenhar-se uma hierarquia fatal entre os países do Norte, mais ricos, mais sabedores e menos afectados pela dívida, e os países do Sul de economias mais frágeis, os PIGS. Ao Norte interessava salvar os bancos, e não se pouparam a esforços e a manobras dilatórias para o conseguir. Alguém haveria de pagar. A América empurrara o lixo para a Europa. O Norte empurrava o lixo para o Sul. Alguém haveria de pagar.
Em 2011 Sócrates prepara o PEC IV, como forma de evitar a catástrofe da troika e a invasão dos credores. É então que o jogo do empurra se nacionaliza, e passa a jogar-se no tabuleiro interno. As velhas oligarquias lusitanas, agrupadas em volta dos destroços dum PPD onde pontificava um Relvas e um Passos, encabeçados por um presidente de opereta, encontram finalmente o momento propício para assaltarem o poder e executarem um programa de reversão dos últimos quarenta anos, que sozinhas não conseguiriam pôr em prática. O PEC IV ainda recebeu a aceitação das instâncias europeias, mas isso não chegou para o salvar. Foi recusado por toda a oposição, com os comunistas de braço dado com banqueiros, com parasitas, com traidores, com a pior escumalha política que Portugal já viu. Os oligarcas berravam que a troika já vinha tarde, e do seu ponto de vista tinham mais do que razão. Ela oferecia-lhes de mão beijada a oportunidade de derrubar o governo, um programa de destruição, e um guarda-chuva para o levarem a cabo. Alguém haveria de pagar.
Sócrates apresentou a demissão, os portugueses elegeram o Relvas mais o Passos, e receberam a factura na volta do correio. Finalmente estava definido quem é que iria pagar. Lá como cá, as elites europeias, de quem nada há a esperar, já endossaram a conta aos povos respectivos. Porém os portugueses, quem afinal desprezam, é o Sócrates e o seu governo. É perguntar, ainda hoje, aos professores.
Não há luta de classes o caralho! O que já não há é um palácio de Inverno, que está transformado num museu. Mas o comité central ainda não sabe.

Força força!

Meu sacana napolitano!

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Hesitações

O meu país é governado por um filho da puta que faz esta pergunta numa universidade de Verão, perante um rebanho de cabrões imbecis que batem palmas.
Fico a hesitar. Porque atirá-lo ao rio não é fácil, mas mudar outra vez de país é bem pior.

Bairro

O fogo não chegou aos carvalhos da avenida. No estanco do rés-do-chão um mago queima fuminhos, lança os búzios, lê as cartas do tarot. Vende senhoras de fátima e assegura um favor do padre cruz. O lugar da fruta reabriu depois das férias. O futuro do bairro parece assegurado.

Sim!

Esta merda, para que serve?

domingo, 1 de setembro de 2013

Ó-Bama!

Começaste por ser a máscara pintada que a América ofereceu ao mundo, para lavar a face duma oligarquia branca atolada num rol inominável de crimes. Não lavaste nada, claro, se é que tentaste.
Mas ires agora à Síria?! Para defender o quê, das armas químicas de quem?! Hás-de ter um lindo enterro, e nós contigo!