Pela mão de falsas elites, de visionários, energúmenos ou traidores, o povo dos portugueses nunca pôde construir uma realidade colectiva - cultural, económica, social - onde pudesse viver inteiro em harmonia. Submetido às tranquibérnias duma história desgraçada, acabou por encaixar-se em circunstâncias de acaso, e adaptou-se a elas a poder de expedientes e renúncias.
Hoje sobrevive nelas, sem uma espinha colectiva. E não merece o respeito geral, por mais que pinte cenários de epopeias de papel.