sábado, 28 de junho de 2014

Lá vai uma!

Lá vão duas!

Estranha forma de vida

Esse sarro do aparelho, manhoso e oportunista, medíocre e sem chama, que não falta no PS e já em 2011 escolheu o Seguro como SG, apenas motivado por cálculos pessoais, frustrará o partido e o país. E muito sobretudo o povo dele. Seguro é um carreirista inútil e vazio, um trapaceiro vaidoso e narcisista. E não hesita perante a chapelada, a pulhice ou a arruaça. 
Assim folgará o governo, a maioria e o seu presidente, que passam a dispor também da oposição, e se arriscam a ganhar as próximas legislativas. Folgam as oligarquias, vingadas finalmente dos sobressaltos de ontem. E também folga o comité central, que aumenta o seu nicho de mercado eleitoral, se não é antes o da seita mítica. 
Portugal e os portugueses que se fodam! Conforme sempre foi!

As time goes by...

Play it, Sam!

Credo! T'arrenego! Abrenúncio!

«E o pior vem a caminho: há pouco, na RTP N, um tal António Costa adiantava que a convocação do Conselho de Estado para o dia 3 de Julho é a primeira iniciativa de Cavaco para legislativas antecipadas. Daí o ar triunfante de Seguro, a victória expressiva na Comissão Política e a fidelidade dos seus próximos. Tacho à vista, em governo de coligação com o PSD. O Portas já disse que vai deixar o CDS.» 
[Comentário de leitor, rapinado AQUI]

sexta-feira, 27 de junho de 2014

Fogo!

Se ainda tens teias de aranha, vai aqui varrê-las!

Até os comemos!

Muitos prometem, bem escassos cumprem. Pois admiram-se!

Sinais

Da gangrena segurista.

"Num bairro da zona oriental de Lisboa, a Farmácia Marvila está rodeada pelo "baixo poder de compra de uma população pobre", diz a proprietária Isaura Martinho. Com a quebra acentuada nas vendas, a partir de Junho último, a farmacêutica – recém-divorciada – sentiu-se obrigada a cortar no subsídio de férias e no seu próprio salário. A margem de lucro desapareceu. "Vou chegar ao final do ano com saldo negativo", estima. As perdas de 25% nas vendas obrigaram a dispensar funcionários. Acontece que esta farmácia é familiar: Isaura e os três filhos – Jorge, de 30 anos, Adriano, 25, e Rui, 22 – dependem exclusivamente desta fonte de rendimento. "Não sei o que seria de nós se eu não tivesse dispensado duas pessoas – e um deles é meu filho, o Adriano, que acaba este ano o curso de Farmácia e está menos dependente do salário". Jorge conta que "antigamente via a profissão de farmacêutico com estatuto junto da sociedade, perspectivas de estabilidade e até de crescimento profissional. Hoje, já não é uma aposta segura". Acontece que os dois irmãos estão a terminar o curso de Farmácia. "Estou numa agonia só de pensar como é que os meus filhos irão constituir família com esta actual situação... Tenho um apartamento para pagar e penso que será lá, na minha casa, que eles vão continuar a viver", confessa Isaura. Na farmácia já reduziram as luzes acesas e até desligaram o monitor informativo da montra. Em casa, as despesas fixas de 1500 euros vão obrigar, provavelmente, a desligar a TV por cabo. Mas num bairro onde todos conhecem a farmacêutica, Isaura não dispensa as couves e os ovos que lhe oferecem alguns clientes, como gratificação."
Ler mais em: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/outros/domingo/farmacias-sem-remedio

quinta-feira, 26 de junho de 2014

O que era indispensável, cumulativamente

Primeiros, seria indispensável que o presidente do Gana não tivesse decidido mandar expressamente um avião charter, carregado de papel. Os do Gana não jogavam, e a vitória ficava assegurada, por falta de comparência.
Porém, segundos, essa vitória devia ser contabilizada como uma cabazada de meia dúzia a zero. Questões de goal-average, mas sobre essa aritmética o regulamento é omisso.
Terceiros, era preciso que o avião do pilim não desaparecesse no triângulo das Bermudas. E não terá desaparecido, porque alguém resistiu a tentações.
Em quartos era preciso que a Alemanha e os EUA não empatassem. A ser assim, ambos eram apurados e os Gamas iam à vida. Ora nada é mais tentador do que um joguito a feijões, em vez de suor e lágrimas. Sobretudo considerando o vezo oportunista de alemães e maricanos, em tudo o que meta história.
Em quintos, melhor seria que as contas da matemática fossem as euclidianas, ou as do Newton, vá lá. Mas não são, que o Einstein existiu, mesmo de língua de fora.
Em sextos, o que vinha muito a jeito era um milagre de Ourique. Mas esse já se viu que era mentira, não há que contar com ele. É que já nem os deuses têm paciência para tantas bebedeiras gloriosas.

quarta-feira, 25 de junho de 2014

Não se aprenderá muito sobre literatura...

Mas aqui ficamos com uma ideia da espada que temos sobre a cabeça, no que respeita a imprensa escrita.

Paco

Póstumo.

Nem mais nem menos!

É exactamente este o discurso do filho da puta. O grande e o pequeno.

Os cães ladram, é normal

A caravana é que nem sempre passa, como a nossa história está farta de mostrar.

terça-feira, 24 de junho de 2014

É um pouco longo

Mas explica cabalmente o que este bando de marginais está a fazer à Força Aérea, às nossas obrigações internacionais, à soberania nacional, ao povo.

Devoções

O meu rico São João foi pobrezito, que as sardinhas vão a euro por cabeça e a vida não está para foguetórios. Foi ali em frente à montra da loja das flores.
Tinha o seu coreto filarmónico, 
e jogos no pau-de-sebo
alhos-porros, bailaricos,
gigantones e andores. 
Com tanto papagaio aí à solta, só não sei que faziam na gaiola os santinhos populares.

Equívocos fatais e lastimosos enganos, quando a dona Literatura cai na "mão invisível" do mercado.

 Já um dia se falou aqui deste melro escriturário, a propósito dum romancinho que foi prémio Revelação. O Mário Assis Ferreira, da Sociedade Estoril-Sol, que é também editor da revista Egoísta, resolveu patrocinar um prémio literário, que estas coisas dão cachet e nome à casa. A madrinha estava à altura, era nem mais que a Agustina. A importância deste pormenor já se vira em casos semelhantes.
Depois convidou um júri, abrangente e vultuoso, para dar consistência à coisa: era ele o Graça Moura, e o Oliveira Martins do CNC, e o José Manuel Mendes da APE, e a Maria Gil Loureiro do Livro e das Bibliotecas, e o Manuel Frias Martins dos críticos literários, e a Alzira Seixo e o Liberto Cruz em nome da própria sombra, e o Lima de Carvalho e o Dinis de Abreu pela Estoril-Sol.
Nenhum dos membros do júri resistiria a uma página do texto. Mas o prémio lá saiu ao melro, como podia ter saído a qualquer outro parecido.*** Porque a questão fundamental não era a Literatura, antes o marketing. O júri e a madrinha sabiam-no muito bem desde a primeira hora, e todos eles se puseram a jeito porque se tomam por gente civilizada e terminante. Nenhum deles demorou um olhar no romancinho, editado pela Gradiva, porque o Rodrigues dos Santos não há-de ser toda a vida o mais lido dos escriturários. E lá na casa é sabido que o editor de sucesso não lê livros, faz dinheiro.
Ficaram assim as coisas neste pé. Eis senão quando, embalado pelo sucesso, o melro escriturário reincidiu, com outro romancinho a que chamou Mil Novecentos e Setenta e Cinco. Tempos de brasa, título de fogo! As pechas do primeiro romancinho estão todas no segundo, e em pior, porque o assunto é uma coisa muito séria. Porém um publicista, que tem coluna na Sábado sobre as faunas escreventes deste mundo, caiu-lhe o livro na mão. O autor já traz um Revelação, e eu por mim aqui me avio, que a revista está à espera. E lá vai disto!
O leitor, um totó que mistura livros com chouriços e sacos de composto para manjericos, cultiva-se e deixa-se ir. 
A coisa entra assim em roda livre. E aqui para nós, já alguém viu alguma vez a Constituição da República pagar a renda da casa, ou dar trabalho a quem precisa dele, conforme o outro disse? É que o princípio é o mesmo, e puseram-no em vigor!

*** É uma ingenuidade pensarmos que o irrealismo patético, a inépcia primária e o absoluto desconsolo estético do romancinho são alheios à atribuição do prémio. Bem ao contrário, antes são dela essencial argumento.
Imaginemos que o romancinho era uma coisa séria, um bom produto das artes literárias a merecer a distinção, a abarrotar de conteúdos (mormente se ideológicos!), a exigir do leitor um trabalhão! Logo deixaria de cumprir a função para que foi convocado. Que é institucional, decorativa, como a nuvem que povoa um céu vazio.
O que é que pode fazer quem gosta de literatura?! Só estar atento. E desejar longa vida aos melros escriturários que aí andam, e precisam muito dela. Vão durar muito mais tempo do que as suas criações!

terça-feira, 17 de junho de 2014

sábado, 14 de junho de 2014

Pão e forum

Ao intervalo, já o duque de Alba estava em polvorosa. Correu com o Bosque, arbusto republicano. E pôs a coisa nas mãos do Filipe II. 
Ainda avançaram o Pizarro e o Cortez. Mas nada havia a fazer, era sexta-feira treze.

Lírio africano (rev.)

Voltaram na praceta os agapantos. Hibernam todo o ano a dormir nos canteiros, quem sabe se a protegê-los da canzoada doméstica, tão lesta a alçar a perna libertina e a aliviar-se neles.
Quando chega a primavera levantam o mastro, inquietos como antigas caravelas. E vêm festejar o solstício de gávea engalanada.
Caules altivos, a pendular na brisa, têm um quê de piretes das Caldas. Que os agapantos fazem, aos cachorros que passam.
[Fotos A. Cardinal]

sexta-feira, 13 de junho de 2014

quarta-feira, 11 de junho de 2014

No mercado das comendas

Uma desfaçatez de quem recebe - o Vitorino.
Um escândalo de quem oferece - o Borges póstumo.
Dois desconchavos de quem aceita - o Carvalho e o Lourenço.

Bach

Brandenburg 3 - Allegro

terça-feira, 10 de junho de 2014

A Flor e a Foice, já que ao contrário não poderá ser!

Aqui há uns anos, ainda clandestino em terra sua, o Rentes de Carvalho tinha-me presenteado com A Flor e a Foice, impresso em folhas A4. Para bom proveito alheio, este Portugal já há muito que andava à luz do dia em Amesterdão, desde 1975. Mas manteve-se incógnito entre nós, até que agora a Quetzal o editou.
O estrugir do dia-a-dia, e mais que isso o calhamaço pouco manuseável, não me incentivaram a meter-lhe o dente. Eu pecador me confesso.
Há dias trouxe-o para casa, porque há, sim, dias felizes. Escrito em tempos de brasa, está lá dentro uma outra visão crítica da historinha patriótica dos nossos Pinheiros Chagas de turno. Visões críticas há várias desde há muito, de todas as nossas gestas (gloriosa e as outras). Dão é trabalho a encontrar, e são duras de inscrever no bestunto, sobretudo a quem precisa de matar a fome, ou a preguiça, ou a iliteracia. 
Aqui fenecem as desculpas do costume. 3% de nós todos conhecem alguns cronistas, e o Martins, e o Góis, e os Lopes, e o Quental, e o Sérgio, e tantos outros artistas, maiores e menores. A oportunidade é de ouro para chegarmos agora aos 10%, mas dos 5 não vamos passar, seguramente. Lixiviaram-nos a raça.

Mais clarinho que a água da fontana!

E tu não vais ler? Ou também tens vergonha?!

segunda-feira, 9 de junho de 2014

A vaca fria

Sentado numa parede, deixo-me ir na desgarrada dos grilos, já com saudades deles. Dentro dum mês vão calar-se, para escaparem à canícula. Dentro de dois correram o ferrolho, que o inverno anda na rua. E torna tudo outra vez à vaca fria.

"Onde está a solução?"

    «A solução está nas pessoas, no Povo, na Sociedade Civil, que aspira por mudança e está a construir sobre Costa uma esperança enorme. De todas as cores e ideologias. Uma esperança que pode garantir lisura no processo eleitoral interno, sim, mas que como em todas as situações de ansiedade colectiva pode ser perigosa. Expectativas acima do real podem ser o principal obstáculo de Costa. Quando tudo à volta apodrece ou perde vigor, todos esperam lavra nova. Eis por que Costa tem que saber seleccionar as sementes. Nos termos em que a lavra vai ficar, tudo germinará, é bom que o trigo prevaleça sobre o joio.» (Correia de Campos)

Dia da raça (rev.)

Falam-nos dum passado de marinheiros audazes, em que nos fomos ao mar, a descobrir novos mundos que demos ao mundo velho.
Do mar trouxemos por junto uma epopeia de mitos, feita de deusas carnudas, e uns tantos heróis pintados, e adamastores de papel.
Arrenego um tal passado. Que ou não somos, agora, o que já fomos, ou nunca fomos o que nos dizem que somos.
Levaram-nos, é o mais certo, a fingir o que não fomos. Se assim for, nunca seremos o que nos dizem que somos.

sábado, 7 de junho de 2014

Caminhos

 A primeira vez que o fiz foi há uns 35 anos, neste mesmo embrião de TGV. A segunda fi-lo a pé, aqui há uns anos, afrontando silvados e muito matagal. Os tempos em rota foram muito parecidos, mas as emoções não se podem comparar.

500 anos!

Quando um povo, mesmo manipulado, mesmo ludibriado, cai no engano de eleger e manter uma besta destas como primeiro-ministro, é certo e seguro que pagará por isso uma factura imensa. Agora e no futuro. 
Nada nem ninguém o isentará disso. E a única coisa que poderá salvá-lo é não ter consciência do peso da factura. É o que se passa connosco, desde há 500 anos. Mutatis mutandis, claro!

A fama deste cretino já vem de longe

Mas o proveito ainda mais.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Toma lá

Génio!

O seu a seu dono

Não será aqui que alguém menosprezará o contributo do povo americano, para impedir que os portugueses acabassem reduzidos a Untermenschen ibéricos, aqui há setenta anos. Mas convém a César dar o que a César pertence!
Na celebrada Omaha Beach e noutros lugares, a América sacrificou meio milhão dos seus soldados. O que é isso, comparado com os 23 milhões de filhos que a mãe-Rússia perdeu?
Antes de mais... e a liberdade... e coisa e tal... a insânia ariana na Europa constituiu, para os Estados Unidos da América, a cerejita em cima do bolo. O resto é treta manhosa (conforme o VPV himself reconhecerá no Público do dia 8).

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Vai aqui aprender algo

Antes que o colapso se precipite!

domingo, 1 de junho de 2014

Ó Seguro!

Vi-te passar ali na televisão. De semblante crispado, azedo, se não raivoso. Habituem-se, porque isto agora mudou! Um adamastor de papel.
Tás feito. Quero dizer, tás fodido. És estúpido e és má rês. Mas isso era já sabido.

S.F.R. Pero Pinheiro

Antonin Dvorac (Novo Mundo).

Eixos do mal e do bem

A imagem mais antiga que sobre o tema guardo no arquivo vem dum tempo em que ainda não havia os pesticidas agrícolas que chegaram da América, e a coberto da produtividade dizimaram no quintal os bons e os maus. Os pintassilgos, esses, vinham às revoadas, e escondiam pelos buxos altos os ninhos onde mimavam os filhos. Eu passava o tempo à cata deles, e nunca vi coisa mais aconchegada.
Quando ficou doente a professora, passei toda a primavera a caminho da Torre, onde fui acabar o ano lectivo. A estrada velha já teria os seus mil anos, vim a sabê-lo depois. E custava uns três quilómetros à ida mais outros tantos à volta. 
Foi assim que descobri na ribanceira um ninho de perdiz, tinha lá dentro uma boa dúzia de ovos, um verdadeiro tesouro. Todos os dias eu ia analisá-lo, ao fim da tarde, e andava todo contente. Um dia descobri, no túnel de acesso ao ninho, um objecto estranho. Era um pêlo do rabo dum cavalo, enrolado numa laçada redonda. A perdiz, que não dormia em serviço, acabou a enjeitar o ninho. E eu fiquei inconsolável mas depois passou-me.
Há dias fui encontrar, na brancura recente dum canto do alpendre, a balbúrdia atarefada dum casal de andorinhas. No primeiro momento protestei, contra a lama, o palhiço, os múltiplos dejectos, contra o que me pareceu aquele eixo do mal. Pus-me a pensar numa retaliação mas logo claudiquei, era política reles. A história anda aí a abarrotar de eixos do bem que deram mau resultado.