Falam-nos dum passado
de marinheiros audazes, em que nos fomos ao mar, a descobrir novos mundos que
demos ao mundo velho.
Do mar trouxemos por
junto uma epopeia de mitos, feita de deusas carnudas, e uns tantos heróis
pintados, e adamastores de papel.
Arrenego um tal
passado. Que ou não somos, agora, o que já fomos, ou nunca fomos o que nos
dizem que somos.
Levaram-nos, é o mais
certo, a fingir o que não fomos. Se assim for, nunca seremos o que nos dizem
que somos.