Já estava dito, redito e escrito: o infante D. Henrique foi o maior filho da puta que existiu na história de Portugal. Um paranóico inútil, sempre do lado da aristocracia e dos seus interesses, contra o povo burguês e as ideias de futuro.
Só ele chegou para destruir a ínclita geração: o rei D. Duarte, esse melancólico que nunca ultrapassou o remorso de ter deixado o irmão D. Fernando a morrer nas masmorras mouras de Fez, por exigência do mesmo paranóico; o regente D. Pedro, o príncipe das sete partidas, que viajou para a Europa ainda medieval e dela regressou renascentista; esse que acabou atraído pela fidalguia a Alfarrobeira, onde o liquidaram para se apoderarem do poder e das suas benesses.
Nada disto é afirmado nos manuais dos escribas de serviço. Nem é preciso, porque tudo está no mito. E os portugueses não lêem, entretidos que estão em ir a pé a Fátima, à espera do futuro.