O governo vai avaliar a reorganização territorial das freguesias, e rever as circunstâncias "desadequadas" aos anseios das populações. É o que diz o JN, oxalá seja verdade.
No final de 2010, quando viu recusado o PEC IV, Sócrates apresentou a demissão do governo. A avalanche da maior crise financeira capitalista, vinda da finança americana, chegava em força da América e fazia faíscas no rating. E a nossa priminha troika foi recebida em ombros em Lisboa por um grupo de sipaios revanchistas, e sorrisos cúmplices e comprometidos do comité central do PCP e do BE. O pormenor não consta da História de inúmeros mixordeiros, mas está lá!
A troika veio. E sabia que um dos mais sérios problemas das finanças do país era o regabofe do poder local, do excessivo número de câmaras municipais, e duma reforma administrativa do território, que já datava dos tempos do Mouzinho da Silveira. Um anacronismo!
[Três exemplos actuais e exemplares: A câmara de Gaia, hoje na mão do PS, é forçada a pedir 40 milhões para pagar dívidas do consulado de Luís Filipe Meneses e Marco António Costa, esse coveiro que já tinha sido dos orçamentos da câmara de Valongo; ambos deixaram em Gaia "valores maquilhados" de 2013, que reduziam para 217 milhões a dívida real de 250 milhões.
A câmara de Trancoso (actualmente do PS), afogada em PPP's ruinosas, pediu recentemente uma auditoria externa, para avaliar a real dimensão dos estragos.
O município de Fornos da Algodres é aquele em que cada cidadão traz às costas o maior valor da dívida municipal.]
É daí que resultava a azia da prima troika. E logo da tarefa da reforma administrativa foi encarregado o Relvas de má memória, que ainda pôs a boca no trombone. Só que o PPD sempre teve no poder local (ANMP) a base principal do seu poder e influência eleitoral. E quando o Relvas chegou à fala com o presidente da ANMP, (um tal Ruas de Viseu, esse troglodita que recomendava aos munícipes o apedrejamento dos fiscais do Ambiente, esses empatas do pugresso!), logo ele o avisou: - Vê lá bem em que te metes, ó menino! *** Entre interesses, caciquismos, compadrios beliscados... o Relvas meteu o rabo entre as pernas e limitou-se a misturar azeite e água, extinguindo mil e tal freguesias. Exactamente onde a corrupção era residual, e o abandono dos povos um crime de irresponsáveis. Foi assim que aqui chegámos.
*** O Ruas acabou agraciado com um mandato em Bruxelas. E continuou a sê-lo, ao fazer parte da lista do PPD para conselheiro de estado.