São ares do tempo, que hão-de passar com ele. Enquanto não passam, atendamos às febres que aí andam, em volta da literatura e de certas romarias, os festivais literários. Que este universo é o mesmo das artes contemporâneas, é o mercado que o faz em círculo viciado. Criadores e marchands (sujeitos activos), membros de elites e de performances sociais (são os passivos), fazem os cozinhados nas suas galerias, põem a coisa em quermesse. Nunca fica por pagar, há sempre um totó qualquer em busca de promoção.
Neste caso são as editoras e o seu marketing, a crítica que não há, o umbiguismo narcísico, a vaidadezita equívoca, a inanidade comum e a fraca literacia. Formas de vida, enfim, que a literatura a sério é um rendilhado distinto. Aparentemente simples, sai-nos das tripas da alma. Mas é sempre luminosa e faz-se com harmonias, prima dilecta duma música assim. Dessa, quem ma dera a mim!
Canção de Mozart - Sehnsucht nach dem Frühling!