«Os olhos europeus desviaram-se da enfermidade económica grega para se focarem, pelo menos por enquanto, nas bátegas de refugiados que todos os dias chegam às costas
do homem doente da Europa. Em condições normais, porém, Bruxelas continuaria o seu já habitual nervosismo sobre o andamento das finanças gregas, mesmo que nos últimos meses o Governo grego tenha disciplinadamente executado as exigências dos credores, a muito custo para a sua imagem: quase exactamente um ano depois do partido de esquerda radical Syriza ter chegado ao poder, a promessa de mudança pela qual foi eleito — e depois reeleito — esbate-se drasticamente.
A contestação política regressa rapidamente às ruas e esse é apenas o primeiro de muitos obstáculos que a coligação do Syriza com os Gregos Independentes terá de enfrentar nos
próximos meses. Hoje é dia de nova greve geral e o culminar de semanas de protestos contra o plano para reformar o sistema de pensões. (...)» [Público]
A burocracia da Europa leva a cabo o papel vergonhoso que assumiu: reduzir a Grécia a pó.
Já Tsipras é o herói grego. Obrigado a engolir tudo quanto disse e devia ser dito, remodelou o governo mas permaneceu. Não abandonou o seu povo ao bando dos chacais de Bruxelas. Porque nem todos somos iguais.