Bolt era um cão. Lãzudo, corpulento, dono do que era do dono. Um dia o dono ausentou-se, e o Bolt ficou preso no reduto, por uma cremalheira.
Ao segundo dia o Bolt decidiu partir à procura do dono. Rompeu a cremalheira pelo meio e saltou o portão. A ponta da cremalheira prendeu-se num ferro, e o Bolt, pendurado do outro lado, morreu por enforcamento. A vidrar-se-lhe nos olhos a figura do dono.
Quando este regressou caiu em choque. Enterrou-o no jardim, por baixo duma lápide, e ainda hoje lhe põe ramos, põe-lhe flores.
Acabou por arranjar uma cachorra lãzuda, corpulenta, que anda à solta no quinteiro. E eu comovo-me, que mais?!