«(...) A concentração e a atenção
tornaram-se bens
raros, de tal modo que se pode
dizer que o princípio
da raridade se deslocou
radicalmente do pólo da
produção para o pólo da recepção.
Daí que se tenha
tornado tão importante,
actualmente, uma
“economia da atenção”. É ela que
domina o
mercado. E porque é um recurso
raro, assistimos a
uma corrida pela sua posse, por
parte desta nova
economia. Sabemos muito bem como
o jornal, que
foi em tempos “a oração matinal
do homem
moderno”, tem dificuldade em sobreviver
nesta nova
economia, com outras solicitações
“atencionais”. E a
indústria do livro só sobrevive à
custa do papel
impresso, que não solicita , em grau elevado, a
energia mental da
atenção.(...)»
[António Guerreiro, Ypsilon 01Agosto]