Merece a pena ser paciente e saber esperar, e assistir alguma vez ao erguer deste equinócio, em frente do alpendre. Ver é só ver, não é dizer nem pintar!
«Creio no Mundo como num malmequer,
Porque o vejo. Mas não penso nele
Porque pensar é não compreender...
O mundo não se fez para pensarmos nele
(Pensar é estar doente dos olhos)
Mas para olharmos para ele e estarmos de acordo.»
[Excerto do poema II de Alberto Caeiro, Ed. Ática, Lisboa]