quarta-feira, 30 de março de 2016

Buracos

Aproveitei a deslocação prevista, a tarde amena e fugaz, as saudades que tinha da Fritilária. Fui à Serra visitá-la, numa reserva onde a conheci há anos. Soube depois que também vive no Gerês.
Porém é cedo, está frio, e as plantas dela mal mostram as orelhitas.
A estradinha entre a lagoa do Rossim e as Penhas Douradas é que está num estado miserável. E só um carro paciente, fiel ao dono e muito resistente sobrevive ao descalabro. Há buracos onde cabe a roda inteira, se não duas, e são tantos que não permitem gincanas. E quando não há buracos vem a ramagem ríspida da berma afagar-nos a pintura.
Não sei bem se é município de Gouveia, ou de Manteigas, ou Seia. Qualquer que seja aqui a maternidade, à entrada deste Verão, claro é que esta gente dum certo poder local são uns canalhas que desrespeitam a pátria e desprezam os filhos dela. Os quais nem sempre merecem ser tratados deste modo.