quinta-feira, 31 de março de 2016

Ora nem mais!

«O governo toma "boa nota da comunicação da defesa" dos ativistas, em que se inclui o luso-angolano Luaty Beirão, de "interpor recurso pela decisão judicial", em nome do direito de oposição por meios pacíficos.» 
Foi assim que o Costa respondeu na AR ao BE da Catarina, sobre os desconchavos da justiça de Luanda, e a difícil relação do seu regime com a liberdade de pensamento. Leu-lhe este comunicado do seu MNE.
A Catarina ( e outras donzelas com ela) confundem alegremente o estralejar das hormonas com as duras realidades de governar Portugal.
Eppure, todos os estados africanos “de recursos” (petróleo, diamantes, coltan, bauxite, urânio, gás, carvão…) estão nas mãos de cleptocracias corrompidas por multinacionais e grandes empresas de saque dos recursos africanos (e onde os chineses procuram entrar ou já entraram). Os povos sobrevivem mal e feiamente, debaixo de poderes totalitários. 
Ora Luanda não é (como poderia ser?) uma excepção, e o Vicente não brinca em serviço. Por isso o dever do governo será governar o país, fazer negócios e real-politik, e não misturar a mocha com a cornuda. Se há conflitos na sociedade angolana, e oposições activistas pela democracia, isso é com os angolanos.
Nós por cá também os temos, com atentados à lei, às liberdades, aos direitos humanos e ao estado de direito. Peçam um desenho ao Sócrates, para perceberem melhor!