quarta-feira, 16 de março de 2016

O frenesi do Oliveira

Fico sempre em sobressalto quando o Oliveira, porta-voz do comité central, abre a boca na AR ou fora dela. É que há nele um frenesi de mau prenúncio. Hoje mesmo, que o assunto era o Orçamento, lá veio ele sossegar os crentes na capela, que o banco novo deve ser mantido "na esfera pública", que é preciso "discutir o euro", e "sair da União", e outros versículos do evangelho apócrifo.
No frenesi com que debita os fundamentos duma "política patriótica e de esquerda", nunca deixo de temer que a língua se lhe escape, para acabar a pedir o exílio do país à beira do Atlântico, e o abandono da Nato, e a reconstrução do muro de Berlim, o descongelamento do estaline e um assalto novo ao palácio de inverno.