domingo, 13 de março de 2016

Assim pela rama

Concedo alguma tolerância com o CDS, de que nada me aproxima, ao contrário do PPD que há muito tenho por seita nociva: uma elite partidária de privilegiados rasteiros, que estariam ainda hoje a dormir na cama dos fascistas antigos, não tivesse a história vindo sobressaltá-los, e deixar-lhes nos braços um poder que usaram em proveito pessoal.
Na retirada que agora tem lugar, o Portas deixa dito que a seu tempo todos saberão que planos de vida tem. Como se isso interessasse a alguém, para além dos repórteres que lho perguntam; por dever, e por terem que pagar o pão dos filhos. O que os portugueses sabem é que a reforma do Portas priva a direita dum dos poucos exemplares inteligentes que a povoam, e dum perfeito equilibrista no arame.
Liberto enfim de conivências políticas com a seita do PPD, o CDS aproveita para encher o peito de ar. E a nova Cristas perora sobre o crescimento do partido, e apresenta como exemplo de gestão autárquica o consulado de Nuno Abecassis. Pobres deles e pobres dos lisboetas!
É recordarmos o Pavilhão Verde, esse intrusivo monstro de lata no passeio da Avenida em frente do São Jorge. Muito depressa tiveram que o demolir, pagando ao dono um milhão dos antigos, que o indemnizou. Depois foi a Rua do Carmo, retalhada em quintalinhos murados, em quadradinhos com bancos. Quando veio o incêndio do Chiado, os bombeiros viram-se impedidos de avançar. E os quintalinhos foram terraplanados, depois do Chiado arder.
Pobres de nós, com tal gente!