domingo, 24 de maio de 2015

"O povo português não precisa de actos de inteligência do PS"

Durante décadas do século passado, enquanto existiu o "socialismo real" e as esperanças que trazia, o PCP foi um partido de heróis, os únicos que enfrentaram a máquina de guerra das elites opressoras. Hoje, na situação em que o povo e o país se encontram, tudo isto é uma trapaça, uma vergonha, uma traição.

«O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, disse este sábado, em Ponte de Sor, que o PS “desertou em combate” como partido da oposição nos últimos quatro anos e esteve “comprometido” com as políticas desenvolvidas pelo Governo PSD/CDS-PP. “Em relação ao estar na oposição, tardou muito, um PS que durante quatro anos esteve preso, eu não diria pelo rabo, porque a imagem pode ser ofensiva, mas esteve condicionado, desertou em combate porque esteve comprometido com esta política, com a situação que vivíamos”, disse o líder do PCP.
O PS, segundo Jerónimo de Sousa, “teve responsabilidades de chamar a troika estrangeira para cá”, assinou o “pacto de agressão juntamente com o PSD e o CDS-PP” e foi o partido que “aprovou o PEC I, PEC II, PEC III e PEC IV, que já lá tinha muitas das medidas que este Governo [PSD/CDS-PP] acabou por executar”. E considerou que o PS “não tem políticas alternativas”:
“Chegados aqui, nós verificamos que o PS não tem uma política alternativa, que o PS, no essencial, quer continuar o mesmo caminho. Claro que a direita mais à bruta, mas o PS de forma inteligente”, disse. Para o líder do PCP, “o povo português não precisa de actos de inteligência do PS, o que o povo português exigiria era que o PS fizesse uma ruptura com esta política de direita e fosse, de facto, uma alternativa e não mera alternância como pretende ser nestas eleições”.
Fazendo um balanço “dramático e trágico” da acção do actual Governo, Jerónimo de Sousa lamentou que o país esteja nesta altura “mais endividado” ao estrangeiro, viva com “mais desemprego”, e sublinhou que Portugal passa por uma situação “dramática”, ao possuir, em risco de pobreza, cerca de três milhões de pessoas. E frisou que o PCP é “cada vez mais ouvido” pelos portugueses, porque não está envolvido no “lodo” da corrupção e de casos de “pouca-vergonha” que têm ocorrido.» Lusa [in PÚBLICO]

Já é mais do que sabido! O PCP só concorda em ser útil ao país e à esquerda, se o PS mais o Costa forem directamente a despacho com o fantasma do Stalin. E melhor ainda com o Sócrates pela arreata, a fazer penitências e a apresentar desculpas!
Estas elites agradecem, encantadas! E hão-de recompensar, porque são de boas contas!