Chego à Cova da Beira como quem regressa a casa, onde há muito não entrava. Venho à procura (é domingo) do II Encontro Literário Gardunha 2015.
A ausência (por certo justificada) de significativas personagens prometidas (E. Lourenço, João de Melo...) deixou a atmosfera um tanto rarefeita. Mas a presença de João Ricardo Pedro encheu-me a hora no velho TEATRO em Alpedrinha.
Quem escreve O Teu Rosto Será O Último, e com ele obriga a LEYA a conferir-lhe o Prémio de 2011, só podia ser um puto assim. Discreto, humilde, eficaz. Não almeja carreiras fulgurantes, não acredita em famas demolidoras, não pretende fazer mais que três ou quatro trabalhos.
É verdade que João Ricardo Pedro não pertence à galáxia da Rosário Pedreira, esse olimpo de génios que já têm o Nobel prometido! Este limita-se a escrever e fá-lo bem, e conhecê-lo pessoalmente foi um gosto e um ganho.
Queiram os deuses guardar-lhe a cabeça varridinha e livre de poeiradas! É o que por aqui se estima, enquanto não chega um romancinho novo.