quinta-feira, 28 de maio de 2015

Visitas

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De vez em quando aparece por aí, qual planador dos antigos, a vogar no azul destas manhãs. Será uma águia que chegou da Gata, um milhafre que subiu do Douro a visitar o condado, não sei bem. 
Não é o falcão-peregrino, que esse é patrono duns aviadores que eu cá sei e tem muito que fazer. Nem um gavião a quem a pena caia, como o outro.
Sempre de asa espanejada deixa desenhos no ar, aproveita as correntes ascendentes. Se vislumbra um caçapo vem cá abaixo, um lagartito azul, mas isso é raro. E logo sobe outra vez, até desaparecer. Quando lhe quadra dorme a sua sesta, empoleirado num galho.