Foi esta manhã que entrou na dança a perdiz. Emboscado num brejo à beira do caminho, com as hormonas a ferver, um perdigão apareceu a dedilhar os pistões do saxofone, a anunciar o caso à freguesia. E lá ficou, a insistir.
O casório entre perdizes usa as normas naturais, não faz promessas eternas. Dura a época. Feito o que havia a fazer, os esposados dividem os pertences, partem para outra melhor e não se queixam.
Parece-me razoável e sadio. Evitam-se as penosas cenas tristes, que o diga o pavãozito-filósofo.