[Fotos de J.J.Roseira]
No Porto há um boneco novo. Fica ali mesmo à esquina da eira de secar milho, que uns paisagistas da 2001 estenderam em frente à Relação. E vem muito a propósito dos 150 anos da publicação do Amor de Perdição. Há qualquer coisa de rigoroso, de real, de luminoso, nos trabalhos de Francisco Simões que se ocupam da figura humana. Sempre me deleitaram, mormente quando escapam à sua obsessão pelas infindáveis modulações do feminino.
Já o manto que recobre o posterior da figura, do lado do casario... Faz-me lembrar o deus-ex-machina que os gregos inventaram, quando não havia outra saída para o imbroglio em cena. Mas isto é já linguajar de sapateiro a ir além da chinela.