Dizem eles que o SIRESP (o sistema de comunicações geral que baqueou nos últimos temporais), foi adjudicado por Rui Pereira, que em 2007 sucedeu ao MAI António Costa no 1º governo de Sócrates. Será uma pequeníssima parte da verdade.
A sua adjudicação inicial foi, na altura, muito polémica, com suspeitas de informação privilegiada e tráfico de influências. E realmente ela foi feita à pressa, já depois das eleições de 2005, já em governo de gestão de Santana Lopes, por Bagão Félix (Finanças) e Daniel Sanches (MAI) este como ministro pau-mandado de Dias Loureiro e da SLN, entidade que beneficiou da adjudicação.
Pelo meio houve peripécias várias (em que Dias Loureiro e Ricardo Espírito Santo tiveram razões para sorrir), as quais incluíram um inquérito do Ministério Público que acabou arquivado. O Sindicato dos Magistrados do MP também meteu a colherada.
O primeiro MAI de Sócrates, António Costa, anulou a adjudicação feita por Sanches logo que tomou posse. Mas acabou por renegociar o contrato com a SLN, baixando 50 milhões, restringindo funcionalidades e reduzindo a área abrangida. Substituído mais tarde no MAI por Rui Pereira, talvez tenha sido então que este interveio, assinando a renegociação.
Assim é que as coisas se passaram. E não como os papagaios as embrulham para nos fazer a cabeça, ao serviço do patrão.