sábado, 4 de agosto de 2012

Biblioteca pessoal

Há-de haver quarenta anos passei uns tempos numa base aérea que os americanos utilizam no meio do Atlântico. E foi então que conheci a Playboy.
Um dia um qualquer leitor, por certo preocupado com as dietas domésticas, perguntava ao editor qual era o teor calórico duma boa mamada. E logo expeditamente ficou a saber que era o equivalente a dois tomates.
O chiste vem aqui ao seguinte propósito. Dei-me conta, nos últimos três dias, de que os dois únicos, persistentes, visitantes deste blogue tinham origem na América: um deles no Middle-West e um outro na Califórnia. 
O caso deixou-me em sobressalto, porque abria a janela e não havia dúvidas; o resto do mundo não deixara de existir. Fiquei-me a congeminar, tudo era fruto, quem sabe, do meu fraco entendimento destes fascinantes mundos, onde tudo parece acontecer sem que nada possa ver-se.
A coisa acabou por se normalizar, a contento geral. E ainda bem. Porque, de facto, numa terra onde o que mais floresce são os banqueiros ladrões e as leituras já citadas, não vejo por que há-de agora um indígena da América transformar este blogue na sua biblioteca privada.