No Wonderland há um fortíssimo lobby das armas, segundo o qual o adorno duma Kalashnikov em bandoleira é um direito primordial do cidadão.
Há 15 dias atrás, em legítimo usufruto desse direito fundamental, um cristão foi ao cinema e liquidou logo ali uma dúzia de basbaques que mastigavam pipocas.
Ontem foi um patriota que entrou numa igreja exótica e logo tirou o pio a sete penitentes de turbante.
Em escolas, tem sido um corrupio, com grande gáudio dos industriais das armas. E a mesma unção inunda o Vaticano, cujo Banco Ambrosiano - o Instituto para as Obras da Religião - é primeiro accionista da italiana Pietro Beretta.