Não tenho um link do PÚBLICO de hoje. Transcrevo a meu critério.
"As palavras ganham mais peso porque são de um colega. Era simplesmente o melhor crítico de arte do nosso tempo. Foi assim que Jonathan Jones, crítico do diário britânico The Guardian, começou o texto sobre Robert Hughes (...).
Sobretudo nas páginas da revista TIME, já que este australiano passou boa parte da vida nos EUA, Hughes fazia com que a crítica parecesse literatura, acrescentou Jones, para quem a sua rudeza inconfundível podia ser libertadora.
Ele comparou a arte do início do séc. XX com a de hoje, e chegou à conclusão de que mesmo os melhores não merecem ser equiparados aos pioneiros do modernismo. Isto é uma verdade difícil de refutar. As palavras de Robert Hughes custaram-me muitas horas de sono.
Brilhante e combativo, Hughes tinha uma forma única de comunicar a arte e os artistas. A série documental que fez para a televisão, sobre a história do modernismo, dos impressionistas a Andy Wahrol, The Shock of the New, foi vista por 25 milhões de pessoas e depois transformada num dos seus bestsellers (...).
Feroz crítico dos que transformaram a arte em negócio, com nomes como Wahrol, Jeff Koons, Joseph Beuys e Damien Hirst à cabeça, era generoso nos elogios quando se tratava dos génios modernistas, de Freud ou de Goya. Para Hughes, a arte contemporânea transformara-se simplesmente no brinquedo do mercado. (...)".
Para que não vás dizer como o Berardo. Que ninguém o avisou a tempo e o deixaram sozinho a olhar p'ró balão, cercado de comissários.