Nas escolas, há alunos em exames. E alguns vão fazê-los em contentores anexos, porque a Parque Escolar, esse antro de ladrões, parou as obras de remodelação em dezenas de edifícios degradados, a mando do ilustrado governo do Passos e do Relvas. Nem no próximo ano lectivo estarão prontos.
Não posso concordar mais com o talhante de professores, o Crato. A ministra sinistra, e o cabrão do Sócrates, é que andaram aí a desperdiçar o nosso dinheiro em escolas novas, decentes e modernas. Mas os portugueses não as precisam para nada.
Eu, por exemplo, fiz a instrução primária numa sala duma casa duma aldeia, onde morava a professora e a criada, e os perús, e um par de porcos bem gordos. Viviam lá também um crucifixo e um mapa, uma ardósia, um Salazar e um Carmona. E o fantasma dum Navegador que nos metia medo. Quando era preciso acender a escalfeta, levávamos lenha de casa. Mas a escola era-nos mais que bastante, e eu fiz um belo exame da 4ª classe, com distinção e tudo.
Foi sorte minha, ter uma escola assim! Se o comité central do Nogueira dos bigodes tivesse tido uma igual, não andava agora a iludir-nos a todos, e a fingir guerras às políticas de direita!