O descalabro das contas públicas destes aventureiros é inevitável e não surpreende. Os mesmos barões inúteis que os enfunaram ao poder, num processo vergonhoso e atraiçoando o interesse do país, dão o caso por arrumado.
É na radio que oiço um velho triste, o Catroga, referir a questão e apontar o dedo ao Sócrates. Ainda e sempre. Mas a troica adiantará oportunamente um complemento de auxílio, dizem eles, porque as causas do falhanço não são imputáveis ao país, e menos ainda aos capatazes deste governo. De forma que não é drama nenhum, 'tá tudo bem, durmamos descansados.
A decadência e a desfaçatez desta escumalha não lhe permite sequer respeitar-se a si própria. Mete nojo, dá vergonha. Nenhum resgate da troica os salva do naufrágio.
A única salvação deles é que nós também já temos o nosso naufrágio integrado no ADN colectivo há muitos séculos, que eles nos enxertaram. Por isso nos cultivaram e cultivam como somos, fadistas mansos, chulos, fatalistas, pimpões acagaçados. Corremos o mundo inteiro, corremos a pé a Fátima, nunca os corremos a eles. A tiro e duma só vez.