domingo, 7 de abril de 2013

Chomsky 2

« Sobre a classe trabalhadora
Nos anos de 1930, a população activa desempregada podia prever que recuperaria os seus postos de trabalho. Actualmente, no caso do operariado (o actual nível de desemprego neste sector é similar ao do tempo da Depressão), e se as tendências actuais persistirem, esses postos de trabalho nunca serão recuperados.
A mudança ocorreu nos anos de 1970. E por muitas razões. Uma das causas subjacentes, discutida principalmente por Robert Brenner, especialista em história da economia, é a queda da taxa de lucro no sector fabril. Houve outros factores. 
(Nota: Históricos? Políticos? Sociológicos? De resposta de classe, como quem sente o campo livre para agir, depois da implosão à vista do sistema alternativo que Moscovo representava? Pena que não sejam aqui abordados pelo autor.)
O fenómeno redundou em alterações profundas da economia - num retrocesso de vários séculos de industrialização e de desenvolvimento, que se transformou num processo de desindustrialização e de anti-desenvolvimento. É claro que a produção fabril foi retomada no estrangeiro, (deslocalização), com elevados índices de rentabilidade, mas de forma prejudicial para a força de trabalho. 
(Nota: desemprego e precarização da força de trabalho, utilização de trabalho escravo no Oriente, e criação exponencial de dividendos para o accionista, que passou a ser a principal preocupação das empresas e corporações).
Simultaneamente, ocorreu uma mudança significativa: as empresas produtivas - que produziam artigos de que as pessoas necessitavam ou que estas podiam utilizar - eram preteridas a favor da manipulação financeira. O financiamento (a FINANCEIRIZAÇÃO ?) da economia disparou realmente nessa altura.»