A vinda de emergência da troika a Portugal no contexto presente, por arrogante, alvoroçada e insólita, só tem uma leitura. É a da mais descarada cumplicidade com Passos e Gaspar, os serviçais que tem por conta em Lisboa. Vem trazer-lhes um conforto, depois do enxovalho que sofreram às mãos da Constituição.
Traz-lhes, a eles, o arrojo que faltava para a demolição das leis, duns restos de soberania e da nossa dignidade. E a nós vem demonstrar-nos quem manda: uma Europa demente, que tem às ordens esta elite dirigente de confessados traidores.
Não é a primeira vez que uma tal coisa acontece. É uma história repetida, tomando sempre novas qualidades. Nós é que não demos conta, ou já esquecemos.