Retábulo? Ex-voto? Padrão? Memorial? Seja o que for, está ali exposto numa igreja à Cordoaria. E lembra o que foi a aflição da cidade, a hecatombe do povo, no desastre da Ponte das Barcas, em 1809.
O que ele não diz é que as tropas que defendiam o Porto esperavam que Soult se apresentasse vindo da margem sul. Acontecendo isso, os franceses só entrariam na cidade atravessando a ponte. Foi por isso que retiraram os cabos de aço que prendiam as barcas, como quem sabota a ponte no seu sector mediano, uma esparrela onde cairiam os invasores.
Mas Soult apareceu na margem norte, e quatro mil portuenses foram levados pelo Douro. Isto não pode ser dito, porque desrespeita os códigos académicos. Fica aqui, só entre nós.