O nosso presidente dos afectos, que é versátil e multi-abrangente, dá às juventudes uma sugestão: fosse ele um refugiado a atravessar o mar, já levava na mochila o Ulisses do Joyce.
Sabemos como ele já leu trinta romances por noite, agora não. Mas meter o irlandês na mochila de emergência parece-nos exagero.
O mais provável, mais subtil, mais ardiloso é tratar-se de uma farpa a tantíssimos letrados, a eruditos variados, a alguns especialistas do cânone literário, que da literatura constroem currículos. Mas do Ulisses não chegaram a ir além da página trinta.
Fora eu um académico, metia a língua na caixa. E suspirava pela paz dum presidente que havia, a viver na ataraxia. Dos dez cantos d'Os Lusíadas ele nem sequer sabia!