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Foi há 99 anos. O soldado português Egídio Augusto, Nº 361 da 4ª Companhia do Batalhão de Infantaria 34 do CEP, recebeu esta caderneta quando foi mobilizado para a Flandres. Apesar de muitas peripécias, sobreviveu até hoje. E o seu dono não possuía outro documento de identificação.
A parte inferior da página é preenchida em boa caligrafia por um qualquer superior hierárquico não identificado.
Livro meu muito amado
Tesouro do meu saber
Lograrei de te encontrar
Se algum dia te perder
Se não souberes o meu nome
Eu vou por baixo assinado
Chamo-me Egídio Augusto
E sou um vosso criado.
Em campanha 29 de Setembro de 1917
A parte superior da página é preenchida e assinada pelo próprio soldado, numa caligrafia mais tosca.
O caderno é aproveitado pelo combatente para escrever um relato do que aconteceu, desde o dia em que foi intimado pelo regedor da freguesia a apresentar-se no quartel. Sempre em versos de pé quebrado, com caligrafia hesitante e numerosas incorrecções ortográficas, procede-se aqui à transcrição integral do documento histórico. Corrigindo a ortografia, deixando alguma nota adequada, mas sem qualquer juízo ou comentário.