Aquilo que derrubou o segundo governo de Sócrates, há uns anos, foi só a maior crise financeira dos últimos oitenta anos, com que a América brindou a desgraçada Europa.
Não bastava o ódio classista das elites parasitas, nem a gula revanchista dessa tropa de sipaios e bisnetos de negreiros que aí andaram a achincalhar a pátria, com a cumplicidade irresponsável duma esquerdalhada confusa.
Ao Costa, o novo primeiro-ministro, aquilo que o pode derrubar há-de ser a miopia das elites europeias, e a arma da austeridade que apontaram aos povos. E a cumplicidade irresponsável da esquerdalhada alegre. Para derrubar o Costa não basta a fúria impotente desta nossa elite fadista, que aí anda a rosnar pelas esquinas, apoiada numa tropa de mercenários do jornalismo.