terça-feira, 25 de novembro de 2014

O número 44, em Évora

Convém abrir com algo que está na história, e na memória de quem a tiver: o magistrado Rosário Teixeira é o mesmo que há uns anos foi à Assembleia da República, com a televisão atrás, para deter Paulo Pedroso no processo Casa Pia. E os investigadores da PJ são os mesmos que apresentavam, para escolha, fotografias de pedófilos possiveis aos putos casapianos. Condenado em praça pública, embora ilibado na justiça, o mísero Pedroso do PS nunca mais saiu do fosso. E outros houve, que saíram chamuscados.
A procuradora Marques Vidal, o magistrado Teixeira e o super-juiz Alexandre imputam a Sócrates os crimes de corrupção, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais. Não é nada que não possa ser feito, baste-nos olhar em volta. E fortes suspeitas terão, se não certezas, já que lhe fixaram a tabela máxima do indiciado, que é a prisão preventiva. Alegam para o despautério o perigo de fuga, o perigo de perturbação do inquérito, e o perigo de alteração da ordem pública.
Pela parte que a mim me diz respeito, enquanto cidadão desta pátria tristonha, vão os senhores magistrados, todos juntos, chamar estúpido ao caralho! Eu sei bem que Sócrates é diferente, e é do PS. Mas isso toda a gente o sabe, há muito tempo. E ajuda a compreender.