« (...) Um país que vende autorizações de residência não em função do talento dos requerentes, do seu mérito, ou do papel que possam representar na cultura, na economia ou na sociedade, mas que os acolhe apenas em função da sua conta bancária, torna-se numa tenda de feira. Que tanto pode vender vistos, como empresas estratégicas, como favores.
O facto de a prática ser comum a vários países aflitos, ou o reconhecimento de que vender vistos a milionários é como vender anéis para salvar os dedos, não deve esconder a questão essencial: um Estado decente de um país decente não devia vender cidadania. Deve oferecê-la a quem a merece.»
(Manuel Carvalho, in PÚBLICO)