Jerónimo de Sousa repisa aqui uma tecla conhecida, embora nunca expressa: prefere um governo da direita decadente a um governo do Costa e do mísero PS.
E critica aquelas gentes da esquerda, empenhadas em "juntar as águas para que o afluente vá ter ao PS". Para isso não contem com ele, porque ele é patriótico e de esquerda.
O que Jerónimo não explica é a bengala trôpega do PEV de que se serve há séculos, para ir à urna do voto com o mal-me-quer duma coligação, a CDU.
Segundo a teoria de Jerónimo, o PS é igual ao PPD, se não for muito pior. E vem de há cem anos atrás, da desgraçada República de Weimar, na Alemanha. Foi nessa altura que o Stalin pôs na boca de Thälmann, dirigente dos comunistas alemães, esta ignomínia que ainda hoje dura: "Que venha Hitler! Nós seguiremos Hitler!". E ele veio, claro, conforme veio o Relvas, e o Passos, e o Portas, e a troika, e a oligarquia toda. E o Jerónimo ganhou 5% nas eleições seguintes.
Jerónimo podia ao menos dizer-nos onde é que fica hoje o Palácio de Inverno. Para nos servir de alguma utilidade, e ajudar-nos a pôr a coisa em pratos limpos.