Não frequento salões nem fariseus soberbos. Na minha cidade chove, há desesperos, as ruas têm buracos. E as pessoas comovem-me e enfurecem-me.
A um lado porque são tão frágeis e precárias. A outro, sempre que são néscias, alheadas e inconsequentes.
É que depois dá nisto: "(...) [Gaspar] ainda não tinha então concluído que os ricos têm sempre razão, já que, quando a não têm, vem a fraqueza dos pobres oferecer-lha. (...)" ***
***As Aves Levantam Contra o Vento, Quasi Edições, Famalicão, 2007, pág. 25.