Passo em Castelo Melhor, com saudades de rever os cavalinhos do Côa, na margem da Penascosa. Mas o polo local do Parque já fechou, e o mesmo acontece em Muxagata. Apenas a sede central funciona, no Museu de Arte Rupestre. E a visita aos cavalinhos requer marcação antecipada.
Uma vez posto de pé o grande elefante branco, lá lhe engendraram a Fundação do Côa-Parque, para fazer o milagre de o dirigir. Muitas vezes falta a luz, não há aquecimento. E as funcionárias, na condição de supra-numerárias, pastoreiam o tédio como podem. Agora a direcção demitiu-se, à espera doutra melhor. E elas temem pelo salário.
Lá em baixo, impassível, corre o Douro, a sentir perto o Pocinho. A esse ao menos não há barragem que o pare, enquanto não chega à Foz.