sexta-feira, 31 de outubro de 2014

Estradas

Do Porto a Vilar Formoso vão 250 quilómetros pela A25. Qualquer Audi de 6 cilindros faz isso em hora e meia, mesmo que falte pagá-lo ao banco. O meu antigo duque, pachorrento, muito ajoujado de tralhas, leva duas horas e meia.
Antes da A25, havia o IP5. Saído da inteligência cavaquista, depressa os condutores indígenas o transformaram na estrada da morte. Realmente morriam nele que nem tordos, porque os tordos também voam sempre da mesma maneira, quer faça chuva, quer sol, seja de dia ou de noite. E os camionistas queixavam-se dos declives. Nem com travão eléctrico resistiam às descidas de Sever do Vouga.
Antes do IP5 havia a estrada antiga, que levava seis horas no trajecto. Nas curvas do Côa da EN16, e nas estradinhas do vale do Vouga, nem sequer caberiam os camiões que hoje transitam.
Faço o regresso pela A4 e pelo IC5, que vai do Pópulo a Vila Flor, a Carrazeda, a Alfândega, a Miranda, a Mogadouro, a Moncorvo, a Freixo-de-Espada-à-Cinta, porque todos são filhos de Deus. Uma beleza, chego a Amarante num ai. E só falta o túnel do Marão, que estes escroques vão pagar com sobre-custas e quatro anos de atraso.
Agora põe-se o problema das PPP's. Queriam os mandantes da Europa, e os seus lacaios indígenas, que as estradas portuguesas fossem as antigas, por causa da dívida soberana?!  Vão-se foder uns e outros!