terça-feira, 21 de outubro de 2014

O sétimo de cavalaria

Com excepção dos cínicos diletantes, que se não misturam com a choldra do vulgo; dos numerosos broncos iletrados, que preferem a mini gelada; e dos muitos papagaios que ganham por avença, toda a gente reconhece a vantagem de antecipar as eleições de 2015. Menos o triste do Passos. Esse declara, com arrogância fingida, que elas devem ter lugar nos prazos constitucionais. Coisa diversa só revendo a Constituição.
O Passos é um espantalho que já só se arrisca à rua em viatura blindada. E a arrogância com que fala diz mais do seu desespero do que do senso político com que ninguém contaria.
Está fartinho de saber que não ganha as eleições em Outubro, para o PS do Costa. E sabe ainda melhor que a vida do país só perde em ter um orçamento feito por um governo de malas aviadas, que se destina a ser executado por um governo diferente. Mais avisado seria que fosse o próprio a fazê-lo.
É por isso que todas as associações patronais aconselham eleições antecipadas. É por isso que os partidos e o mundo do trabalho as pedem. E é de crer que o próprio comité central, uma vez que tanto tarda a remoção do governo que ajudou a entronizar e tanto jeito lhe deu, as não enjeitaria.
Era agora o tempo de chegar à cena o sétimo de cavalaria, e a oportunidade de o Cavaco se distinguir do venerando Thomaz num rodapé da história. Atentos os deveres que a Constituição lhe impõe e ele jurou defender, é do interesse nacional antecipar as eleições de Outubro de 2015. Mas porém, se o país está à espera, convém que espere sentado.