Com excepção dos cínicos diletantes, que se não misturam
com a choldra do vulgo; dos numerosos broncos iletrados, que preferem a mini gelada; e dos muitos papagaios que ganham por avença, toda a gente reconhece a
vantagem de antecipar as eleições de 2015. Menos o triste do Passos. Esse declara,
com arrogância fingida, que elas devem ter lugar nos prazos constitucionais. Coisa
diversa só revendo a Constituição.
O Passos é um espantalho que já só se arrisca à rua em
viatura blindada. E a arrogância com que fala diz mais do seu desespero do que
do senso político com que ninguém contaria.
Está fartinho de saber que não ganha as eleições em
Outubro, para o PS do Costa. E sabe ainda melhor que a vida do país só perde em
ter um orçamento feito por um governo de malas aviadas, que se destina a ser
executado por um governo diferente. Mais avisado seria que fosse o próprio a
fazê-lo.
É por isso que todas as associações patronais aconselham eleições
antecipadas. É por isso que os partidos e o mundo do trabalho as pedem. E é de
crer que o próprio comité central, uma vez que tanto tarda a remoção do governo
que ajudou a entronizar e tanto jeito lhe deu, as não enjeitaria.
Era agora o tempo de chegar à cena o sétimo de cavalaria,
e a oportunidade de o Cavaco se distinguir do venerando Thomaz num rodapé da
história. Atentos os deveres que a Constituição lhe impõe e ele jurou defender,
é do interesse nacional antecipar as eleições de Outubro de 2015. Mas porém, se
o país está à espera, convém que espere sentado.