«O Governo em funções, através do seu Ministro da Defesa – seguramente um dos piores
ministros desde que o cargo foi criado, em 1950 – decidiu encerrar o Instituto de Odivelas (IO),
escola notável, centenária e de excelência.
A admissão de novas alunas foi interrompida este ano lectivo e as alunas existentes, que assim
o entendam, irão ser transferidas para o Colégio Militar, onde está a ser ultimada uma
camarata, para estabelecer a aberração da existência de um internato feminino e masculino de
menores, no mesmo espaço colegial. Edifício já cognominado pelos actuais alunos com o significativo nome de “maternidade”…
Este encerramento configura um crime cultural, educativo e patrimonial; antipatriótico e de
vistas curtas. (...) Nele serão implicados os sucessivos políticos –
quais bárbaros do “Estado Islâmico” - que provocaram o acto; as chefias militares que
tremeram de coragem, na defesa pífia que fizeram das Instituições que tutelavam; as diferentes associações de
pais e de antigos alunos, por causa da falta de entendimento que revelaram, ao não terem
estabelecido uma acção comum e concertada, para fazer frente a esta verdadeira “invasão de
Vândalos”. (...)
A Comunicação Social eivada de “ismos”, nunca transmitiu uma ideia equilibrada do que se
estava a passar, ao passo que o comum dos cidadãos vive uma ignorância esfarrapada,
relativamente a tudo o que é importante e se passa à sua volta.
Quanto ao inquilino de Belém, lá esteve no seu comportamento habitual de “falta de
comparência a jogo”.
Uma tristeza. (...)»
[Brandão Ferreira]