O homem andava a capinar a berma dum caminho, à beira do matagal. E as bichas, enterradas na trincheira, fizeram-lhe a emboscada. Espetaram-lhe na cara uns ferrões de 6 milímetros.
A dor foi excruciante e o edema do veneno não parava de alastrar. O homem lá subiu para a camioneta, à procura do Centro de Saúde. O médico injectou-lhe nas veias um antídoto eficaz e a glote não fechou.
A vespa asiática, ou veludina, ou assassina tem o dobro do tamanho das abelhas indígenas, e é delas que se alimenta. Veio do Oriente mais extremo, aprendeu as tácticas da guerrilha num livro já velho do Mao Tse Tung, meteu os pés ao caminho e chegou cá, por itinerários de terra queimada. Pelos vistos não quer outra coisa.
Constrói favos de madeira triturada em pontos altos, ou enterra-se nas furnas e cavernas. Captura as abelhas à entrada das colmeias, quando elas chegam carregadas de pólenes, no voo lento da aproximação. Decapita-as e desmembra-as. E junta em casa as carcaças, para engordar a criação.
Já houve gente que se lhes finou às mãos, e só bombeiros as vencem a maçarico.
Mais que razão tinha o outro quando disse: - Que bem que tá-se no campo! O pior são as formigas!