domingo, 30 de agosto de 2015

Cavalona

Tem catorze anos e um ar ainda juvenil, num corpo de cavalona que sugere os vinte. Sobrepassa num terço a altura da avó, da bisavó o melhor é nem falar. E não gosta da comida dos adultos.
Pratica a unha pintada de escarlate, a mesma cor do bâton com que realça o lábio. E o leito das mamas que usa ao peito desencadeia motins de hormonas pela rua.
Quando não dedilha o ecrã do android, consome fitas de terror duns humanóides mutantes, esses robôs que a América encarrega de imbecilizar o mundo. E tudo isto lhe custará, não tarda, um preço muito elevado. Mas ela ainda o não sabe.