« (...) Ao abdicar de lutar pela sua narrativa acerca das circunstâncias que nos levaram para a forma mais radical da austeridade, onde à Troika se juntou um Governo de fanáticos pelo empobrecimento, o PS deixa que se sedimente a ideia de que a austeridade é o justo castigo pelos pecados cometidos enquanto Sócrates governou.
Com isso, perde a razão moral para criticar o Governo, quando este alega que teve de tomar as medidas que tomou por causa dos erros que herdou, e por causa da necessidade de salvar o País.
Resultado: o tópico do “foram além da Troika” perde impacto, relevância e até sentido. (...)»