Falou o clero, pela voz dum capelão que exaltou os patriotas. Falou a nobreza, das entidades militares e civis, que arengaram de heróis de ontem e de agora. Mas ninguém disse ter sido esse o momento derradeiro em que os portugueses tiveram um país. Pois desde então as elites inventaram um império de ficção. Penduraram-lho ao pescoço, lançaram-lhe na escudela muitos mitos e gestas gloriosas, e transformaram o povo em gado de exportação. Encheram disso a barriga, ainda hoje disso vivem. Ninguém o disse e foi pena!
Veio depois a reconstituição da batalha, com soldadeiras e achas de armas, e ginetes façanhudos que acometeram surgidos do matagal.