Já se viram peripécias ao contrário, o crime é o mesmo e são sempre de temer.
A senhora tinha um filho, dum camarada aviador que morreu no sertão, num acidente. Ainda hoje me emociona o quanto aprendi com ele.
Mais tarde casou comigo, até eu me descasar dela. E para mim eram dois filhos iguais, distinguiam-se pelo cheiro quando lhes dava dentadas.
Mas nem o meretíssimo juiz do tribunal de família, nem o coiro da psicóloga que interferiu no processo romperam com a tradição: a mãe é mãe!
E assim foi: o mais novo passei eu vinte anos sem o ver; já o mais velho foram trinta e cinco. Até que um, depois o outro, vieram ter comigo.
Hoje nenhum deles vê a mãe, porque a história será lenta mas é sempre luminosa e implacável. Mãe é mãe?!