Viseu é o corpo duma sé e dum paço episcopal no cimo dum outeiro.
Em redor dormem brasões, e arquitecturas de ripa, e um dédalo de ruas plácidas;
e o andamento sereno de quem já não tem pressa;
e a paciência semita dos lojistas;
e o aroma das tílias no rossio;
e a estátua dum rei jovem e belo, que nunca existiu assim;
e uma estação de comboios devoluta;
e um jornal que afirma o evidente: era a melhor cidade para viver em Portugal, se os portugueses existissem.